terça-feira, 28 de junho de 2011

O importante é ter FÉ

Semana passada Thaís, uma jovem de muita fé, postou no seu Facebook a seguinte oração:
Espera no Senhor!
Mesmo quando a vida pedir mais do que podes dar, e o cansaço já fizer teu passo vacilar...
Espera no Senhor!
Mesmo que suas promessas demorem a se cumprir e a vontade dele seja sacrifício para tí...

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Coragem para ser feliz






Prá ser feliz é preciso coragem. Coragem prá correr atrás dos seus sonhos. Coragem prá tentar o impossível.
Coragem prá mudar de rumo. Coragem prá sair da comodidade da rotina. Coragem para aprender coisas novas. Coragem para abrir o peito. Coragem prá se desligar da matéria que escraviza. Coragem para ir em busca do desconhecido. Coragem para abrir o coração. Coragem para olhar prá dentro de você mesmo. Coragem para enfrentar as injustiças...Coragem para fazer a diferença...
O medo escraviza. O medo paraliza. O medo não combina com felicidade...

domingo, 19 de junho de 2011

Usos e abusos na pós-graduação

A pós-graduação sempre foi uma etapa acadêmica difícil de ser vivida. É o momento de se começar a pensar por si mesmo, trilhar o difícil caminho da reflexão crítica, produzir conhecimento novo a partir da utilização de modelos e métodos de análise até bem pouco tempo desconhecidos. Mas, no meio de tudo isso uma figura facilitadora: o (a) orientador(a). Aquele que mostra o caminho e ajuda a caminhar.
Assim, eu aprendí que deveria ser, com os meus antigos mestres. Assim, eu tentei fazer com os meus orientandos. Com paciência e entusiasmo por acompanhar, com eles, as descobertas.
A proliferação sem controle da pós-graduação, em nosso país, tem começado a produzir realidades bem diferentes das vividas por mim, como aluna ou professora, e isso tem tido um resultado extremamente negativo para os alunos de pós-graduação. Eles estão cada vez mais "soltos" e por que não dizer, mais perdidos. À eles são feitas exigências difíceis de serem cumpridas, como por exemplo, produzir no menor tempo possível (02 anos de mestrado é o tempo máximo) tendo que assumir uma diversidade de funções novas, tipo: dar aulas na graduação, no lugar de seu orientador; fazer pesquisa por ele e para o seu orientador; produzir textos para serem publicados por seu orientador; fazer extensão universitária, no lugar do seu orientador...e por aí vai.
Isso é real? Sim é real.
Muitos de nossos jovens alunos de pós-graduação estão sendo usados e abusados por professores-orientadores sem escrúpulos que os exploram até o limite de suas capacidades. A instituição universidade é responsável por isso.
Tomei conhecimento de fatos dessa natureza em programas de pós-graduação da nossa universidade. O que quero fazer com esse comentário é uma denúncia da ação de professores que jamais deveriam ser chamados de orientadores pois não sabem o sentido dessa palavra e acabam sendo carrascos de jovens que aos poucos vão perdendo a motivação e o estímulo para a vida acadêmica.
Atenção coordenadores de pós-graduação da UFRN, olhos mais abertos para esses usos e abusos... 

A nação Seridó

Há alguns anos atrás a professora  Judith Tendler, do Massachussets Institute of Technology - MIT, enviou-me um email com uma pergunta interessante.

Analisando os dados relativos ao desenvolvimento humano- IDH do Nordeste, uma coisa lhe chamou a atenção no Rio Grande do Norte: Os municípios com o maior índice de desenvolvimento humano do estado, não estavam nas regiões mais produtivas (fruticultura, petróleo) mas numa região pouco produtiva, sem qualquer atividade econômica de destaque. Ela queria que eu lhe explicasse porque isso acontecia.
Fui consultar os dados e logo notei que a dita região era o Seridó. Dos 10 municípios com melhor IDH, no estado, 06 estavam no Seridó.
A minha vaidade de seridoense foi as nuvens...
E a minha resposta a ilustre professora foi, na verdade, uma suposição apaixonada, que eu quiz transformar em pesquisa, nunca realizada.
O Seridó tem um diferencial sim, em relação ao resto do estado. Isso foi constatado também, por Tânia Bacelar, consultora pernambucana, responsável pela condução do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Seridó.
Há coisas na região, que não existem em outros lugares, como por exemplo:
  • A valorização da educação. Até hoje, o Seridó tem boas escolas, bibliotecas, museus, e uma história cultural que é preservada, com orgulho. Conhecí uma escola pública em Cruzeta, há alguns anos atrás que me impressionou...
  • A atenção aos mais velhos. Muitos são os municípios seridoenses que abrigam os seus velhos em abrigos organizados a partir da solidariedade da população. Carnaúba dos Dantas e Acarí, são exemplos.
  • A religiosidade da população que congrega seridoenses de todos os lugares em torno da devoção dos seus padroeiros;
  • A limpeza das cidades;
  • Um espírito de comunidade;
  • Uma estratificação social pouco rígica - onde patrões e empregados se ligam por relações de compadrio que os tornam mais próximos (Alí nunca houve casa grande nem senzala);
  • A existência de uma identidade seridoense. Nós temos orgulho de sermos seridoenses e nos proclamamos enquanto tal. 

Acho que o Seridó é um exemplo típico da "comunidade cívica", encontrada por Robert Putnam no norte da Itália. Isso explica, como na Itália, o seu desenvolvimento. No nosso caso um desenvolvimento sem riqueza material.

sábado, 18 de junho de 2011

Amiga querida

"...amigos fazem parte de meus alicerces emocionais: são um dos ganhos que a passagem do tempo me concedeu...presença apaziguadora e ao mesmo tempo interessante, aquela dos diálogos intermináveis, das confidências, dos telefonemas às vezes só prá jogar conversa fora, dar risada, e iluminar o dia."(Lya Luft, A riqueza do mundo)
Ontem, uma amiga querida fez aniversário. Parabéns Rejane! Você sabe que mora no meu coração. Acho que a Lya Luft tem uma amiga como você...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Dinheiro do além na eleição passada

Com o título acima, a revista Época da semana passada publica um caso inusitado no rico campo de possibilidades do financiamento de campanhas eleitorais.
Nas eleições de 2010, apareceu uma nova "tecnologia" no conspurcado mundo do financiamento de campanhas políticas: o doador, que tem cadastro comercial, doa oficialmente, assina recibo - mas ninguém sabe quem ele é. Nem quem recebe e- só mesmo no mal assombrado reino da política brasileira - nem sequer quem paga. A única coisa palpável é o dinheiro que chega, limpinho, aos comitês de campanha.
Os beneficiários desse dinheiro vindo do além foram: o governador eleito do distrito federal, o PT nacional, 03 parlamentares do PT e o "nosso deputado" Fábio Faria do PMN (ou PSD?). Segundo o deputado, ele não sabe que empresa é essa que depositou em sua conta e  não conhece o indivíduo apontado como responsável pelo depósito. Já este último declara que resolveu ajudar o Fábio porque ele é seu amigão.

É, o mundo da política é realmente um mundo surreal...Algum de vocês já recebeu uma doação vinda do além, em dinheiro vivo? ou recebeu presentes de R$50.000,00 de alguém que você não conhece?
Certamente que não. Você deve ser um daqueles que faz sua fezinha na loteria quando quer arriscar um presente dessa natureza...

sábado, 11 de junho de 2011

Por mais que eu tente...





O mais "curioso" é que ela não estava aí há vinte anos atrás...
O tempo... ah! o tempo!

terça-feira, 7 de junho de 2011

E a estória se repete

Mais uma vez Palloci renuncia. Há muita lama correndo por baixo dessa ponte e não podemos deixar que a sua renúncia silencie os fatos.
A presidente (a) Dilma deve uma explicação à nação pela escolha, o PT deve explicações aos seus eleitores pela reincidência de escândalos como esse, e o próprio Palocci precisa explicar ao cidadão comum a fórmula do enriquecimento "rápido e honesto".

Como escreve Ruben Alves:
Estou triste. Perdí as esperanças.
O nascimento do PT anunciou a possibilidade da esperança: fazer política de outro jeito, combinando ética, inteligência e a opção preferencial pelos pobres.

Tudo isso é passado e, o presente, é o desencanto, a morte dos sonhos...

domingo, 5 de junho de 2011

O humor na indignação do brasileiro

O fim da política?

Lendo essa semana uma entrevista com o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto, publicada na revista Época, fiz uma viagem no tempo lembrando-me de alguns grandes mestres das ciências sociais que foram meus professores. Lembrei sobretudo de Otávio Ianni, quando ele chamava a atenção, em suas aulas, para a importância do conflito para a mudança social.

Diz ACM Neto:
A política basileira vive a síndrome do adesismo. Muitos (políticos) se dirigem a mim envergonhados: Olha, gosto de você, gosto dos meus amigos de partido, devo muito ao Democratas, no entanto eu só vou sobreviver se virar governo.
Interessante ouvir isso de alguém que só virou oposição no governo Lula. Que sempre esteve ao lado dos governistas, desde o tempo dos militares, mas isso não invalida a sua afirmação de que
Uma democracia forte não se sustenta sem uma oposição combativa, aguerrida, que tenha clareza do seu papel. 
E reconhece:
O PT foi menor do que o DEM é hoje e, no entanto, teve um projeto claro, soube ir para as ruas e soube conquistar o poder.

Continuo a pensar na quantidade de pensadores que passaram pela minha formação e que ressaltavam o conflito, a diferença, como fermentos da transformação, ou como "motor da história". De Stuart Mills a Marx, de Simmel a Touraine, passando recentemente por Bobbio e Przeworski. Todos defendem a tese de que Através dos conflitos, surgem as mudanças e se realizam os melhoramentos. Conflito é vitalidade (Bobbio). A literatura sobre Movimentos Sociais está marcada por essa posição.

Na política, é a existência da oposição que produz a mobilização das forças sociais, é a existência de oposição que produz o debate que constrói, é a existência de oposição que possibilita a alternância no poder, marca indelével da democracia.
Sem oposição é o fim da política?

sábado, 4 de junho de 2011

E viva a alegria!






E viva a alegria!!!!

Um Brasil sem miséria

O governo Dilma anuncia, com pompas, o seu primeiro programa social. Novamente a miséria volta ao centro da agenda pública quando pensávamos já haver sido enfrentada com sucesso pelo "maior programa de transferência social do mundo" (pelo menos esse era o tom dos discursos da campanha presidencial).
Os dados mais recentes do IBGE demonstram que ainda existem 16,2 milhões de pessoas em estado de pobreza extrema em nosso país, principalmente na zona rural (os miseráveis invisíveis e dispersos), o que me faz pensar que o Bolsa Família não conseguiu chegar à essa parcela da população.
A clientela do novo programa será formada pelas milhares de famílias, cuja renda per capita mensal, não ultrapassa os R$70,00. Mais da metade delas está no Nordeste e muitas dessas famílias não tem renda nenhuma.
O que propõe o governo para enfrentar esse quadro?
1. Ações de transferência de renda (mais bolsas);
2. Garantia de acesso a educação e a saúde ( coisas que deveriam ter sido resolvidas quando a Constituição de 88 garantiu a educação e a saúde como "um direito de todos e um dever do Estado";
3. Inclusão produtiva

O governo pretende incluir "mais de 800.000 famílias" no programa Bolsa Família e criará uma nova bolsa curiosamente denominada de Bolsa Verde. Esta consiste na transferência de R$2.400,00 por família residente no campo, em 04 parcelas de R$600,00 para que essas famílias "tornem a terra onde vivem, produtiva".
Quem conhece a realidade do campo, do Nordeste, quem acompanhou programas anteriores de crédito ou transferência de renda como o PRONAF B, sabe perfeitamente que esse recurso não é capaz de possibilitar a produtividade da terra. E que os R$600,00 serão utilizados para o suprimento das necessidades de quem vive na pobreza extrema (dentre elas pagar as contas na bodega). No PRONAF B os R$5.000,00 que eram repassados ao pequeno agricultor (o dobro dos R$2.400,00), como não davam para operar milagres no campo, serviam para comprar moto, antena parabólica e outros bens de consumo considerados importantes para quem vive no isolamento.

É urgente que se avalie de forma mais criteriosa esses programas de transferência de renda. Eles são fundamentais em países com o quadro social do Brasil, mas a realidade dos países ricos demonstra que a validade desses programas depende da capacidade de acompanhamento e avaliação por parte do Estado. É preciso pensar nos seus "efeitos perversos", alertados pelos estudiosos da política social na Europa e nos Estados Unidos, sem ser taxado de neo liberal.

É preciso conhecer melhor a realidade brasileira, para além dos números, para implementar políticas dessa natureza que sejam exitosas na erradicação da miséria.
É um alerta de quem conhece um pouco da matéria e já andou muito por esse nordeste a fora...