As mudanças recentes na forma de ingresso das universidades públicas brasileiras varreu para sempre, a emoção do resultado do vestibular com toda a sua ritualística que marcava o importante momento de passagem do adolescente para a fase adulta. A complicação do processo ENEM/SISU com tudo o que ele ainda tem de experimental, tirou a graça da entrada dos jovens à universidade assim como acirrou a competição de uma forma ainda pouco convincente.
"Felicidade, passei no vestibular"...e essa música ecoava nas comemorações depois da ansiosa espera diante da televisão. O radinho de pilha também era ligado pois anunciava o resultado numa ordem diferente da TV... e, que emoção era ver/ouvir o nome do nosso filho, irmão, amigo, naquele anúncio solene. Hoje tudo mudou. E a lógica que rege toda essa parafernália não é de fácil entendimento para o cidadão comum. Após as provas do ENEM inicia-se um processo que, de claro, não tem nada. O primeiro resultado define um número que deve ser multiplicado por alguma coisa até se chegar ao número que vai definir a situação do aluno na competição. A partir daí ele faz suas escolhas -curso, local onde quer (pode) estudar, e fica esperando algums dias enquanto a roleta gira misturando milhares de números. A cada dia, o aluno vai verificando a quantas anda a sua situação nesse grande jogo até que as apostas param de acontecer e depois de 02 dias sai o resultado final, cujo acesso depende da existência de um computador. Ninguém mais ocupando os espaços do campus universitário para conferir as listas de aprovados, nenhuma divulgação na TV universitária ou no rádio e até aquele caderno especial nos jornais do dia seguinte (que alguns guardavam para o resto da vida como lembrança) foi publicado. Também não tenho visto falar de comemorações, talvez pelo fato de que a grande maioria ficou aonde não queria
O vestibular e todo o processo social que se seguia a ele era um rito de passagem importante É triste perceber como momentos significativos para a nossa juventude vão perdendo o encanto do passado e a vida dos jovens vai ficando cada vez mais sem graça e sem motivação...
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Verão, veraneio.
E mais um ano começa.
E com o ano, o verão, o veraneio. Um veraneio de novo tipo, como muitos que têm acontecido nesses últimos dez anos. Para mim, o verão sempre foi sinônimo de praia, de vida tranquila longe da cidade, dos pés descalços, do aconchego da família reunida, de uma nova rotina. E eu disse acertadamente: Foi. O veraneio da modernidade pôs uma pá de cal nessa imagem de veraneio. As praias de verão têm agora os signos da cidade. É preciso ter bons restaurantes, bares da moda, casas de show, e som, muito som. "Um alto e bom som". Sem esquecer os congestionamentos do trânsito. E as festas regadas a DJs e a última moda das grifes nacionais e internacionais. Em vez do pé no chão de areia, sandálias altíssimas com muito, muito brilho. Ai que saudades do chão do salão de festas do Redinha Clube: cimento e areia para o pé deslizar melhor. Tenho ouvido por onde passo (inclusive nas redes sociais) reclamações acerca da impossibilidade de dormir nas praias de veraneio do nosso estado. Não culpo os mau educados que ligam os sons de seus carros para mostrar poder. Eles são fruto de uma cultura que valoriza a máquina, a tecnologia, a potência, o som brega (fiquei assustada com a divulgação da 03 músicas mais tocadas no Brasil em 2013). Valores que eles vêm cultivados em suas casas.
Novamente saudades dos antigos veraneios movidos ao som de violões e uma boa música. Assim era o veraneio da minha adolescência e juventude na Redinha. Não havia congestionamento (nem na velha ponte de Igapó) e fazíamos o percurso Natal-Redinha da forma mais bucólica possível: deslizando nas águas do Potengí no barco do velho Janjão ou de "Ferrim" que também pilotava a velha lancha de seu Luiz Romão. Sem telefone, "ipods e ipads" a conversa corria solta em todas as varandas e ninguém ficava ligado em telinhas de qualquer tipo.
Veraneio era sinônimo de tranquilidade e alegria. Muita alegria!
SAUDADES DE UM TEMPO QUE NÃO VOLTA MAIS...
E com o ano, o verão, o veraneio. Um veraneio de novo tipo, como muitos que têm acontecido nesses últimos dez anos. Para mim, o verão sempre foi sinônimo de praia, de vida tranquila longe da cidade, dos pés descalços, do aconchego da família reunida, de uma nova rotina. E eu disse acertadamente: Foi. O veraneio da modernidade pôs uma pá de cal nessa imagem de veraneio. As praias de verão têm agora os signos da cidade. É preciso ter bons restaurantes, bares da moda, casas de show, e som, muito som. "Um alto e bom som". Sem esquecer os congestionamentos do trânsito. E as festas regadas a DJs e a última moda das grifes nacionais e internacionais. Em vez do pé no chão de areia, sandálias altíssimas com muito, muito brilho. Ai que saudades do chão do salão de festas do Redinha Clube: cimento e areia para o pé deslizar melhor. Tenho ouvido por onde passo (inclusive nas redes sociais) reclamações acerca da impossibilidade de dormir nas praias de veraneio do nosso estado. Não culpo os mau educados que ligam os sons de seus carros para mostrar poder. Eles são fruto de uma cultura que valoriza a máquina, a tecnologia, a potência, o som brega (fiquei assustada com a divulgação da 03 músicas mais tocadas no Brasil em 2013). Valores que eles vêm cultivados em suas casas.
Novamente saudades dos antigos veraneios movidos ao som de violões e uma boa música. Assim era o veraneio da minha adolescência e juventude na Redinha. Não havia congestionamento (nem na velha ponte de Igapó) e fazíamos o percurso Natal-Redinha da forma mais bucólica possível: deslizando nas águas do Potengí no barco do velho Janjão ou de "Ferrim" que também pilotava a velha lancha de seu Luiz Romão. Sem telefone, "ipods e ipads" a conversa corria solta em todas as varandas e ninguém ficava ligado em telinhas de qualquer tipo.
Veraneio era sinônimo de tranquilidade e alegria. Muita alegria!
SAUDADES DE UM TEMPO QUE NÃO VOLTA MAIS...
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