quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O que desejo a você




"Dá para entrar no novo ano abrindo as portas e janelas da casa e da alma. Sem frescura, sem afetação, sem mau humor, sem pressão nem formalidade. Pensando que a gente poderia ser mais irmão e mais amigo, mais filho e mais pai ou mãe, mais simples, mais desejoso de ser e fazer feliz, seja lá o que isso signifique para cada um de nós" (Lya Luft).
Feliz Ano Novo para todos vocês. Que 2012 possa, realmente, fazer a diferença em suas vidas. 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O dia dele


Hoje é o dia dele e, ao seu jeito, foi comemorar com a filhota que mora no Rio. Nós, que ficamos aqui, queremos nos juntar a Kiki no coro do "Parabéns prá você" e lhe desejar tudo de bom: saúde, paz de espírito, vida boa e a alegria constante que só os netos sabem lhe proporcinar.
Obrigado Carlinhos, pelo pai maravilhoso que você é, pelo avô folgadão, e pelo campanheiro de toda uma vida .
Obrigado por está comigo na construção maravihosa que é a nossa família.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Feliz Natal

Natal é tempo de alegria e de celebração. Natal é tempo de família e de afeto. Natal é símbolo de vida nova, de chegada, de renovação. Natal é, sobretudo o tempo do menino Deus ainda que, em algumas culturas ele seja ,mais que tudo, o tempo de Papai Noel.
O meu Natal é o Natal da manjedoura, muito mais do que o Natal das renas e dos trenós. O Natal dos abraços mais que o dos presentes caros. O Natal da alegria de estar junto, embora seja também o tempo da saudade dos que já se foram e davam mais sentido à nossa festa.
Que o seu Natal também seja assim. Ele não precisa ser estressante e fútil, ele não combina com comemorações vazias de sentimentos, com obrigações sociais ou coisas do tipo...
Não, o seu Natal pode ser simples mas, verdadeiro. O menino Deus que vai iluminar o seu coração não nasceu em berço de ouro. Ele chegou na simplicidade e na alegria dos mais humildes, como sinal de vida nova. Celebre o Natal distribuindo carinho e muita alegria por onde você passar. Esquecendo as mágoas, os ressentimentos  e plantando uma semente de esperança e ternura no meio onde você vive.
Vivamos intensamente esse verdadeiro Natal deixando que o menino Deus nasça em nossos corações e em nossas famílias.  

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A quem interessa o desenvolvimento sustentável?

A recente discussão sobre o novo Código Florestal me fez lembrar um artigo que escreví há alguns anos atrás sobre o tão falado Desenvolvimento Sustentável.
Confira um pequeno trecho desse artigo.

O que é desenvolvimento sustentável?   


Há muitas formas de definir o desenvolvimento sustentável (mais de 100 definições identificadas na literatura), sendo a grande maioria centrada na questão ambiental, que deu origem a proposta. A visão que prepondera na América Latina e em espacial, no Brasil, no entanto, está ancorada nos pressupostos da Agenda 21 que aprofunda o sentido da sustentabilidade do desenvolvimento, para além da dimensão ambiental. Para Ignacy Sachs (um dos mais ardorosos defensores desse modelo) o desenvolvimento sustentável deveria estar ancorado em três princípios básicos: a prudência ecológica, a eficiência econômica e a justiça social. Mais recentemente foi incorporada a essa tríade o princípio político da democracia e a preocupação com o componente cultural da realidade.  Dessa forma, o desenvolvimento deixa de ser um problema econômico para ser um problema de múltiplas dimensões, o que torna mais complexo o seu planejamento e a sua realização.
Para alguns autores o desenvolvimento sustentável tem que estar cimentado em uma nova base ética, por demandar uma solidariedade social e a necessidade de subordinação da dinâmica econômica aos interesses da sociedade e às condições do meio ambiente. Essa solidariedade que deveria ser intergeracional e interespacial, supõe uma mudança radical nos valores, práticas e atitudes dos agentes do desenvolvimento mas também da sociedade como um todo. 
Essa chamada visão holística do desenvolvimento requer assim, um suporte muito forte que lhe dê sustentação, o que talvez explique o aprofundamento, no tempo, da idéia de sustentabilidade para dimensões mais amplas como a política e a cultura.
A primeira grande questão que se levanta diante do desafio do desenvolvimento sustentável diz respeito aos atores sociais promotores desse desenvolvimento. Na medida em que ele supõe uma mudança de prioridades em relação ao modelo economicista-tecnológico, ele representa uma quebra de interesses e práticas, fortemente sedimentados nas instituições públicas e privadas. Em interessante artigo sobre o tema Rich (1994) chama atenção para o paradoxo presente, por exemplo, na atuação do Banco Mundial, que é hoje o principal gestor financeiro internacional de estratégias de desenvolvimento sustentável. Estudos realizados mostram, por exemplo, que, enquanto o Banco destina 2 milhões de dólares para financiar programas de redução de dióxido de carbono na China, se propõe a destinar 310 milhões para a construção de centrais geradoras  de energia com base no carvão. Segundo o autor, dos 46 projetos financiados pelo Banco na área de produção de energia, entre os anos 90-94 somente dois incorporaram critérios de conservação ambiental, numa visível quebra do princípio da sustentabilidade.
Este exemplo do Banco Mundial pode ser facilmente estendido aos governos. Atuando geralmente sobre um campo de pressões, os governos costumam incorporar à sua agenda pontos muitas vezes conflitantes, num processo típico de acomodação de interesses. Além disso, as coalizões governistas para chegar ao poder assumem compromissos diversos, que vão desde os assumidos publicamente com o seu eleitorado, até os assumidos privadamente com os financiadores e apoiadores de campanha. Assim, quanto mais extenso esse leque maior a dificuldade de estabelecer agendas.
Se sairmos do Estado para o campo do mercado fica ainda mais distante a identificação de possíveis atores sociais promotores do desenvolvimento sustentável. Os representantes do capital que estiveram sempre na dianteira dos processos de desenvolvimento costumam não reconhecer a validez das questões da sustentabilidade, pois são movidos por interesses puramente econômicos (privados) e muito raramente se identificam com questões de natureza social e ambiental (públicas). O desenvolvimento sustentável procura corrigir as distorções de um modelo que priorizou os seus interesses e supõe uma redefinição de prioridades e formas de atuação que muitas vezes lhes parece exdrúxula.
Diante de todas essas dificuldades a adesão ao padrão do desenvolvimento sustentável é uma decisão extremamente difícil, principalmente para o Estado, principal ator no processo de alavancagem do desenvolvimento na América Latina, tradicionalmente atrelado aos padrões anteriores de intervenção. É por essa razão que, na nossa concepção, o desenvolvimento sustentável para ocorrer precisa estar atrelado a uma reforma do Estado. Não uma reforma restrita ao aparato burocrático das organizações públicas mas uma reforma que englobe a própria sociedade[1]. Isso porque não será o Estado sozinho ou somente as leis de mercado que serão capazes de regular os mecanismos de funcionamento de um padrão de desenvolvimento baseado na sustentabilidade. A sociedade, através de suas organizações, será uma força propulsora indispensável para fazer valer a nova realidade.


[1] A esse respeito ver: KILSKSBERG; NOGUEIRA

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Esperança

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
vive uma louca chamada Esperança
e ela pensa que quando todas as sirenas
todas as buzinas
todos os reco-recos tocarem,
atira-se
e - o delicioso vôo -
será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
- Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá, então,
(é preciso explicar-lhes tudo de novo!),
ela lhes dirá, bem devagarinho para que não
esqueçam nunca:
- O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Mário Quintana

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A imoralidade da nossa política

Alguns dias fora de Natal e, na chegada, fatos surpreendentes que mandaram para a prisão alguns personagens "importantes" da sociedade natalense. Digo importantes porque são sempre notícia (nas crônicas sociais e nas páginas políticas) e fazem parte da chamada elite local: ex governadores, senadores em potencial, empresários, donos de cartório, gestores públicos e seus parentes mais chegados. O velho quartel da polícia que acolheu como prisioneiros, homens de bem, na época da ditadura, acolhe agora os criminosos de colarinho branco. O motivo: a criação da cobrança de uma taxa no licenciamento de veículos, totalmente ilegal, que  sustentava uma rica mesada para os ex-governantes e engordava o patrimônio de outros tantos.
Quem pagava essa conta? Todos os cidadãos que necessitavam do registro no DETRAN. Nós, simples mortais, que precisamos pagar todos os impostos e taxas públicas para podermos circular livremente como cidadãos. O cidadão que compra um carro em 60 meses e financia os 4X4 dos poderosos. (Você já notou que todo político tem um?) Gente, um crime anunciado contra o cidadão comum que tantas vezes acreditou e elegeu essas criaturas.
O ministério público acusa a "formação de quadrilha", dentre outros crimes. E a quadrilha envolvia funcionários públicos, dirigentes, donos de cartório, empreiteros, empresários, além dos políticos, seus filhos ou genros. Gente de bem!!!!!! 
Confesso que a expressão "quadrilha", quando não é de São João, ainda me choca. No meu imaginário, quadrilha é coletivo de bandidos, assassinos, ladrões perigosos.
É, a bactéria do crime está chegando em todos os escalões da sociedade. O exemplo para os nossos jovens é assustador mas, ainda teimamos, em pensar como criminosos apenas aqueles que superlotam as delegacias das cidades por crimes comuns, e em acreditar nas boas intenções e favores dos criminosos de colarinho branco em tempos de eleição.
Você não pode esquecer que eles não são vítimas de nada. As vítimas somos nós.   

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Agora, palmada é crime!!!

Gente, fiquei estarrecida com o noticiário de ontem, da TV, sobre a lei que está sendo discutida (e já parcialmente aprovada) no Congresso Nacional. Enquanto o Brasil está mergulhado em uma crise moral (já que na economia vamos muito bem, segundo afirmam os especialistas); a corrupção anda a galope de cavalo alazão; a famigerada Copa do Mundo arranca o dinheiro público que deveria ser aplicado na construção de mais hospitais e escolas e na execução de uma política social mais estruturante e duradoura,  o Congresso Nacional está preocupado com palmadas e beliscões.
Lembro aos nossos nobres deputados e senadores: essa é uma preocupação típica de países onde as necessidades básicas estão plenamente resolvidas e o parlamento cuida das franjas do chamado Bem Estar Social, dos chamados adereços, maquiagem, ou coisa que o valha, para expressar cuidado e vigilância com a qualidade de vida das pessoas. Não é o nosso caso.
A violência doméstica nada tem a ver com palmadas e beliscões. É um problema bem mais complexo e tem a ver com o stress de viver em uma sociedade onde falta uma educação de qualidade para os nossos filhos, faltam creches, faltam médicos nos hospitais, falta uma política de assistência social de verdade e de caráter realmente universal, falta trabalho, moradia decente e tantas outras coisas...
A aprovação dessa Lei é uma intromissão indevida do Estado na esfera privada da famíia. É um abuso!!!
Olha, não sou a favor da educação pela violência. Longe de mim, tal coisa. Mas aprendí com a vida e a minha experiência materna que, muitas vezes, uma pequena dor ajuda a educar, assim como o exemplo. A noção de limite vem, muitas vezes, da associação que a criança faz com algo que lhe provocou desconforto. As palavras podem ferir (e ferem) muito mais que uma palmada ou um beliscão. A psicologia sabe disso...
Depoimento de mãe que é muito amada pelas suas filhas: Se a birra teimava em continuar em um lugar público, um ligeiro beliscão colocava as coisas no lugar. Ninguém ficou traumatizado com isso e já ouví minha filha psicóloga dizer que estaria feliz se conseguisse educar seus filhos como eu eduquei os meus.
Os políticos brasileiros costumam encher linguiça com adereços e alguns setores da sociedade ficam sensibilizados com isso, achando que estamos dando passos para uma sociedade mais justa e mais fraterna.
É tempo de acordar!