segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um exemplo de vida

Ela viveu intensamente a sua vida e o que ela me ensinou nenhum de meus ilustres mestres conseguiu me ensinar. Eles me ensinaram teorias, ela me ensinou a prática da vida; eles me ensinaram postulados filosóficos, ela me transmitiu valores; eles me fizeram conhecer paradigmas, ela me mostrou a verdade.


Com ela aprendí tudo, ou quase tudo.
Foi ela quem me ensinou a andar com meus próprios pés e apontou-me caminhos
Foi ela quem me ensinou a semear sonhos e correr atrás deles, sem nunca desistir;
Foi ela que me fez acreditar que Deus está sempre do nosso lado e que ele é, sim, o grande PAI;
Foi ela que me fez acreditar na família como a coisa mais essencial de nossas vidas;
Era ela que repetia sem parar que "mais vale amigo na praça do que dinheiro na caixa".

Foi ela quem me mostrou a importância do desapego em relação às coisas materiais;
Foi ela que me deu o exemplo da solidariedade;
Foi ela quem me chamou a atenção para o coração grandioso das pessoas humildes;
Foi ela que me deu exemplos de responsabilidade e comprometimento na vida profissional;
Foi ela que me mostrou a importância de "ter amor à causa";
Foi ela que me deu a melhor imagem da maternidade;
Foi nela que fui buscar forças para vencer as adversidades da vida...

Hoje sei que tudo que sou foi moldado pelas suas mãos, pelos seus gestos, atitudes e palavras.
Obrigado mãe, por tudo isso...

02 anos sem ela

Hoje faz dois anos que mamãe se foi. Abaixo um texto que  Kiki postou no seu blog. Faço minhas as suas palavras:

Há dois anos, a espinha dorsal da nossa família virou uma estrelinha, como diria minha sobrinha. Ficou ainda mais encantada... D. Iracema Brandão, minha vozinha tão linda, elegante, solidária e querida. A única unanimidade que conheci. O exemplo mais lindo, que deixou lições para todos aqueles que se dispuseram a ouví-la. O amor maior. A matriarca. Indiscutivelmente, uma mulher a frente do seu tempo. Com a ausência física, algumas coisas mudaram, alguns rituais deixaram de ser cumpridos. Porém, a herança que ela deixou é imutável.  E a gente continua reproduzindo os seus ensinamentos com a certeza de que esse é o melhor caminho. Porque ela, sim, sabia das coisas...

O dia é de muitas saudades....

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Correndo atrás de seus sonhos


Um beijo grande prá vocês!!!!!

O caos se instala

Hoje, ouví alguém dizer que o Rio Grande do Norte está se transformando numa nova Alagoas...
O caos se instalou no nosso estado e na nossa cidade. E, tudo isso, resulta da incompetência e da irresponsabilidade dos nossos governantes (e representantes na Assembléia Legislativa). As greves estouram a cada dia. As escolas estão paradas, o transporte coletivo também, a polícia civil, algumas categorias de funcionários públicos, e os profissionais da saúde ameaçando cruzar os braços... A cidade inundada, a cada novo dia de chuva; o lixo espalhado pelas ruas, e estas, completamente esburacadas. E a cidade novamente na telinha da Globo, dessa vez no jornal nacional. O caos é tão grande que não se fala mais da Copa, a redenção do RN.
É isso que dá quando a incompetência se instala no poder e aí permanece por um tempo. É isso que dá quando a apropriação privada do público se naturaliza perante a sociedade e se gasta dinheiro público como se faz conta na boutique com um cartão de crédito clonado...
Sem controle ou fiscalização...
Num país civilizado, quando o executivo não cumpre o papel a ele designado, o legislativo cumpre a sua função de guardião da sociedade. Isso num país civilizado... acontece que na barbárie, os "representantes do povo" participam das orgias do poder e decidem sem qualquer responsabilidade, muitas vezes para agradar aos governantes ou para dividir as sobras do banquete.
Em que mundo nós estamos.... 

terça-feira, 24 de maio de 2011

Em defesa da floresta

A aprovação do novo Código Florestal, da forma em que foi apresentado ao Congresso Nacional, põe em riscos as nossas florestas.
A posição dos ex-ministros do Meio Ambiente que assinam a carta abaixo é além de digna, bonita e extremamente republicana.
Vale a pena conferir...
 
Carta Aberta à Presidente da República e ao Congresso Nacional


Os signatários desta Carta Aberta, ao exercerem as funções de Ministros de Estado ou de Secretário Especial do Meio Ambiente, tiveram a oportunidade e a responsabilidade de promover, no âmbito do Governo Federal, e em prol das futuras gerações, medidas orientadas para a proteção do patrimônio ambiental do Brasil, e com destaque para suas florestas. Embora com recursos humanos e financeiros limitados, foram obtidos resultados expressivos graças ao apoio decisivo proporcionado pela sociedade, de todos os presidentes da República que se sucederam na condução do país e do Congresso Nacional. Mencione-se como exemplos: a Política Nacional do Meio Ambiente (1981), o artigo 225 da Constituição Federal de 1988, a Lei de Gestão de Recursos Hídricos (1997), a Lei de Crimes e Infrações contra o Meio Ambiente (1998), o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (2000), a Lei de Informações Ambientais (2003), a Lei de Gestão de Florestas Públicas (2006), a Lei da Mata Atlântica (2006), a Lei de Mudanças Climáticas (2009) e a Lei de Gestão de Resíduos Sólidos (2010).

Antes que o mundo despertasse para a importância das florestas, o Brasil foi pioneiro em estabelecer, por lei, a necessidade de sua conservação, mais adiante confirmada no texto da Constituição Federal e sucessivas regulamentações. Essas providências asseguraram a proteção e a prática do uso sustentável do capital natural brasileiro, a partir do Código Florestal de 1965. Marco fundante e inspiração nesse particular, o Código representa desde então a base institucional mais relevante para a proteção das florestas e demais formas de vegetação nativa brasileiras, da biodiversidade a elas associada, dos recursos hídricos que as protegem e dos serviços ambientais por elas prestados.

O processo de construção do aparato legal transcorreu com transparência e com a decisiva participação da sociedade, em todas as suas instâncias. E nesse sentido, é importante destacar que o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) já se constituía em excepcional fórum de decisão participativa, antecipando tendências que viriam a caracterizar a administração pública, no Brasil, e mais tarde em outros países. Graças a essa trajetória de responsabilidade ambiental, o Brasil adquiriu legitimidade para se tornar um dos participantes mais destacados nos foros internacionais sobre meio ambiente, além de hoje dispor de um patrimônio essencial para sua inserção competitiva no século XXI.

Para honrar e dar continuidade a essa trajetória de progresso, cabe agora aos líderes políticos desta Nação dar o próximo passo. A fim de que o Código Florestal possa cumprir sua função de proteger os recursos naturais, é urgente instituir uma nova geração de políticas públicas. A política agrícola pode se beneficiar dos serviços oferecidos pelas florestas e alcançar patamares de qualidade, produtividade e competitividade ainda mais avançados.

Tal processo, no entanto, deve ser desenvolvido com responsabilidade, transparência e efetiva participação de todos os setores da sociedade, a fim de consolidar as conquistas obtidas. Foram muitos os êxitos e os anos de trabalho de que se orgulham os brasileiros, e, portanto, tais progressos não devem estar expostos aos riscos de eventuais mudanças abruptas, sem a necessária avaliação prévia e o conveniente debate. Por outro lado, não consideramos recomendável ou oportuno retirar do CONAMA quaisquer de suas competências regulatórias no momento em que o país é regido pelo princípio da democracia participativa, consagrado na nossa Carta Magna.

Não vemos, portanto, na proposta de mudanças do Código Florestal aprovada pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados em junho de 2010, nem nas versões posteriormente circuladas, coerência com nosso processo histórico, marcado por avanços na busca da consolidação do desenvolvimento sustentável. Ao contrário, se aprovada qualquer uma dessas versões, agiremos na contramão de nossa história e em detrimento de nosso capital natural.

Não podemos, tampouco, ignorar o chamado que a comunidade científica brasileira dirigiu recentemente à Nação, assim como as sucessivas manifestações de empresários, representantes da agricultura familiar, da juventude e de tantos outros segmentos da sociedade. Foram suficientes as expectativas de enfraquecimento do Código Florestal para reavivar tendências preocupantes de retomada do desmatamento na Amazônia, conforme demonstram de forma inequívoca os dados recentemente divulgados pelo INPE.

Entendemos, Senhora Presidente e Senhores congressistas, que a história reservou ao nosso tempo e, sobretudo, àqueles que ocupam os mais importantes postos de liderança em nosso país, não só a preservação desse precioso legado de proteção ambiental, mas, sobretudo, a oportunidade de liderar um grande esforço coletivo para que o Brasil prossiga em seu caminho de Nação que se desenvolve com justiça social e sustentabilidade ambiental.

O esforço global para enfrentar a crise climática precisa do ativo engajamento do Brasil. A decisão de assumir metas de redução da emissão dos gases de efeito estufa, anunciadas em Copenhagen, foi um desafio ousado e paradigmático que o Brasil aceitou. No próximo ano, sediaremos a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, e o Brasil poderá continuar liderando pelo exemplo e inspirando os demais países a avançar com a urgência e a responsabilidade que a realidade nos impõe.

É por compreender a importância do papel na luta por um mundo melhor para todos e por carregar esta responsabilidade histórica que nos sentimos hoje na obrigação de dirigirmos a Vossa Excelência e ao Congresso Nacional nosso pedido de providências. Em conjunto com uma Política Nacional de Florestas, o Código deve ser atualizado para facilitar e viabilizar os necessários esforços de restauração e de uso das florestas, além que de sua conservação. É necessário apoiar a restauração, não dispensá-la. O Código pode e deve criar um arcabouço para os incentivos necessários para tanto. O próprio CONAMA poderia providenciar a oportunidade para que tais assuntos sejam incorporados com a devida participação dos Estados, da sociedade civil e do mundo empresarial. Do nosso lado, nós colocamos à disposição para contribuir para este processo e confiamos que sejam evitados quaisquer retrocessos nesta longa e desafiadora jornada.

Brasília, 23 de maio de 2011

Carlos Minc (2008-2010)
Marina Silva (2003-2008)
José Carlos Carvalho (2002-2003)
José Sarney Filho (1999-2002)
Gustavo Krause (1995-1999)
Henrique Brandão Cavalcanti (1994-1995)
Rubens Ricupero (1993-1994)
Fernando Coutinho Jorge (1992-1993)
José Goldemberg (1992)
Paulo Nogueira Neto (1973-1985)


domingo, 22 de maio de 2011

O crepúsculo dos nossos pais


Uma coisa difícil para os de minha geração é a constatação que nossos pais estão indo embora. Nos últimos anos quantos amigos compartilharam comigo a luta travada pelos seu pai e sua mãe contra os males da velhice, principalmente os "novos males": o Parkson e o Alzheimer.
Como é difícil para todos nós vivenciarmos a transformação dos papéis, ver os nossos pais se transformarem em nossos filhos, pela fragilidade que demonstram, pela incapacidade crescente de realizar as coisas mais banais e pela confusão que se instala em suas mentes. Sim, esse é um momento difícil, pois costuma nos tirar da "zona de conforto" em que vivemos, para assumirmos papéis nunca antes imaginados. Para retribuir amor. Para exercitar a capacidade de doação que os pais têm em relação aos filhos e que você talvez nunca tenha imaginado exercitá-la com sua mãe ou seu pai.
É natural escutarmos coisas como: não tenho paciência, dá muito trabalho, é incoveniente.... E aí eu lhe pergunto: Você não deu trabalho? não foi incoveniente uma única vez na sua vida? Seus pais desistiram de você por isso?
Minha mãe já se foi, mas aprendí com a longa viagem de seu Mal de Alzheimer que aquele era o momento de lhe devolver uma parte da alegria de viver que eu lhe devia. Até então eu recebia dela muito mais do que dava e era preciso devolver a ela com todos os juros do mundo, todo o amor que ela havia me dado.
Infelizmente não houve tempo suficiente para isso...    
    

Natal novamente na Globo

A educação do nosso estado está realmente na UTI. E só por isso é notícia novamente na TV Globo. Hoje no Faustão uma das atrações principais era a nossa professora Amanda Gurgel que se notabilizou em todo o país, através da divulgação de uma filmagem feita na audiência pública sobre educação, realizada na Assembléia Legislativa a semana passada.
Amanda ficou famosa, gente!
E escancarou a triste realidade do professor, em nosso estado, com coragem e com a maior espontaneidade do mundo.  Já o havia feito para deputados, secretários de estado e o público em geral e agora do Faustão para todo o Brasil, ao vivo e a cores.
O salário irrisório, as dificuldade de sobrevivência, as jornadas de trabalho triplicadas para garantir o mínimo de condições de vida, e o resultado: desgaste físico e mental, falta de tempo para o preparo das aulas, improvisação, e no fim da linha um baixo nível de aprendizagem.por parte dos alunos.
Amanda traçou toda a cadeia que explica a falta da qualidade da educação pública. E fez sucesso. Pena que mais uma vez o nosso estado apareça na mídia para expor o grave problema de nosso educação.
Atenção governadora, atenção profa. Betânia, vamos dar um basta nessa situação. 

sábado, 21 de maio de 2011

A paz

Quem contempla uma criança adormecida tem de ficar bom, tem de ficar manso...
(Rubem Alves)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A democracia das medidas provisórias

Medida provisória foi um instrumento criado pela ditadura para implementar o projeto dos militares sem a necessidade de submetê-lo ao congresso nacional. Era um eficiente instrumento do arbítrio, pois através dele se impunha, à sociedade, as decisões muitas vezes truculentas, próprias de um período de excessão. Uma forma de deixar de fora das decisões, os representantes do povo.
Pois bem. Há mais de 25 anos o país retomou o processo de reconstrução da democracia. Temos uma nova Constituição (Constituição Cidadã), dispomos de arranjos institucionais que garantem o funcionamento das instituições democráticas, o processo decisório foi, em parte, aberto à participação da sociedade, MAS... o instrumento Medida Provisória continua a disposição dos grupos no poder.
De 1985 para cá, experimentamos diferentes projetos de governo, capitaneados por diferentes partidos: PMDB, PSDB e mais recentemente o PT. Todos eles, partidos de oposição ao regime militar, atores importantes na condução do processo de retomada da democracia. Todos eles, no entanto, chegando ao poder, reconheceram a "importância das MPs". Em seus discursos, elas deixaram de ser arbitrárias para se tornarem necessárias para garantir "agilidade às ações do governo". Em outras palavras, os antigos partidos de oposição passaram a comungar com a idéia de que as decisões políticas democráticas são lentas, custosas em termos políticos e podem ser obstáculos à "boa governança".
Chegamos, no atual governo, ao cúmulo de propor uma Medida Provisória contendo diferentes temas e diferentes decisões. Em outras palavras: aproveita-se o mecanismo autoritário para viabilizar, de uma só vez, várias decisões do governo, algo impensável à alguns anos atrás.
Pelo visto, no Brasil, a política é marcada não somente pelo "esqueçam o que eu escreví' de Fernando Henrique Cardoso, mas também, esqueçam o que eu falei e defendí, dos antigos partidos de esquerda, hoje no poder.
E o avanço democrático, com a extinção de todo o resto autoritário que ainda existe em nosso país, fica, certamente, para depois.   

A beleza dos versos de Borges

Instantes
 
Se eu pudesse viver novamente a miha vida,
na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido;
na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico. Correria mais riscos, 
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres,
subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares aonde nunca fui,
tomaria mais sorvete e menos lentilha, 
teria mais problemas reais e menos imaginários. 
Eu fui uma dessas pessoas que viveu
sensata e produtivamente cada minuto da sua vida.
Claro que tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver, 
trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feita a vida, 
só de momentos;
não percam o agora.
Eu era um daqueles que nunca iam a lugar algum
sem um termômetro, uma bolsa de água quente,
um guarda-chuva e um paraquedas;
Se eu pudesse voltar a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera
 continuaria assim até o o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais entardeceres 
e brincaria com mais crianças,
se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos
e sei que estou morrendo.

PS: Como não temos ainda 85 anos é tempo de repensar o nosso modo de ser e aproveitar a vida, enquanto é tempo...

domingo, 15 de maio de 2011

A mídia na província

A leitura dos jornais de fim de semana em Natal, chama a atenção pela quantidade de páginas dedicadas ao colunismo social. O jornal Tribuna do Norte no domingo tem 05 diferentes cronistas sociais ocupando páginas inteiras para noticiar, na maioria das vezes, os mesmos "eventos". Não é raro a mesma foto ser publicada em mais de uma coluna no mesmo jornal.
Gente, quanta futilidade!!!!

Quanto provincianismo!!!!
Será que as pessoas se ligam naquelas imagens de bolsas ou anéis de "celebridades" que uma cronista social instiga o leitor a descobrir quem é?
Será que as pessoas tem curiosidade em investigar quem será o autor (não revelado) de determinada ação relatada assim: "um bonito partidón, morador do plano palumbo, encontrava-se noite passada com uma loura misteriosa... "
Não critico os cronistas. Eles estão fazendo um tipo de "jornalismo" que a sociedade provinciana adooooora... Eles apenas publicam o que vêm. O que se lhes apresenta: pessoas ciosas por alguns centímetros de publicidade, ciosas de espelhos coletivos que alimentem a sua auto estima, que as façam importantes....
E eles, muitas vezes, dão o troco. Lendo os comentários de um colunista sobre um recente evento social fiquei impressionada com a sua desenvoltura em relatar: "estavam lá os que são, os que pensam que são e os que querem ser"...numa clara demonstração do sarcasmo com que ele trata os personagens que circulam à sua volta.
E fico pensando: o que é ser, para o referido cronista? é ser fino, discreto, culto e educado? ou é ter a carteira recheada, muitos cartões de crédito e muita conversa mole que impressiona os ouvintes incautos?
Bem, deixa prá lá. O fato é que crônica social vende jornal nessa cidade, daí elas serem imprescindíveis. Alguns, inclusive, compram os jornais só pelo colunismo social.
Triste realidade...

O descrédito da nossa política


Gente, vejam as imagens a seguir e pensem em que mundo nós estamos. Pergunto: isso é POLÍTICA?

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Viva Lorenzo!

Hoje Lorenzo completa dois anos. Dois anos que foram para nós de expectativas e preces.
Dois anos de luta e de esperança para ele, seu pai , sua mãe e todos nós.
Nesse tempo todo, muitos médicos, exames e fisioterapia diária. E o nosso vencedor ultrapassando as expectativas, vencendo etapa por etapa, de uma longa caminhada. Surpreendendo a todos. Ao seu lado, uma mãe paciente, incansável, vibradora, torcedora fanática do seu filhote. Este, um verdadeiro leão, ou melhor, um leãozinho: valente, guerreiro mas, sorridente e brincalhão.
A sua vida para nós é um milagre, um sinal da presença de Deus entre nós. E é por isso que hoje, o mais importante a fazer é agradecer a Deus tantas bençãos. Agradecer também a tia Taty e tia Missi (fisioterapeutas) pelo carinho e pela competência na condução do método Padovan no tratamento de Lorenzo.
Hoje, na condição de avó, sinto uma alegria imensa ao ver o nosso pequeno completamente recuperado e ainda por cima, lindo de morrer. Parabéns guerreiro, parabéns Cíntia! Sua mãe se orgulha muito de você.   

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Natal no fantástico

Mais uma vez a nossa cidade é objeto de reportagem do Fantástico. O motivo? a falta da responsabilidade do poder público com as nossas escolas. O caso da merenda escolar chegou à telinha da Globo para todo o Brasil no domingo à noite.
Essa não é a primeira vez que a merenda escolar se torna notícia de jornal. Todos nós conhecemos estórias feias envolvendo os recursos da merenda: super faturamento, alimentos estragados ou inadequados para o consumo de crianças, pagamentos adiantados, favorecimento de empresas, etc, etc.
Algumas mudanças foram realizadas no sentido da descentralização das compras da merenda, na tentativa de evitar problemas de armazenamento, alimentos inadequados e barganha política com os recursos. Durante os últimos anos identificamos avanços no quesito da merenda em muitos municípios, depois da descentralização: oferta de uma alimentação mais natural e saudável, respeito aos hábitos alimentares da região, agilidade nas compras e oferta sem interrupção.
No Brasil, um país de tantos pobres, apesar dos índices otimistas do governo, a merenda escolar funciona como um dos atrativos da escola pública. É grande o número de crianças cuja única refeição é a merenda da escola e, se falta merenda, a escola perde esse poder de atração.
Diante disso tudo surpreende-nos a notícia de que em Natal falta merenda em um número significativo de escolas. Ou, a merenda é feita com alimentos estragados, provocando doenças.
A resposta da prefeitura é, no mínimo descabida. Se a merenda é suspensa em algumas escolas por falta de relatórios ou prestação de contas, os administradores escolares é que devem ser penalizados e não as crianças. Ou modernizamos/humanizamos a cabeça dos burocratas e dos governantes ou quem sempre vai sair perdendo são os mais fracos. No caso da merenda, milhares de crianças, vítimas da desnutrição, da pobreza e também do descaso dos governantes.  

domingo, 8 de maio de 2011

Saudades da minha mãe

Hoje é o dia das mães e uma saudade, que dói, aperta o meu coração.

Mãe, quanta saudade!
Do aconchego do seu colo;
Do abraço carinhoso;
Do apoio incondicional
Da firmeza de suas posições
Da serenidade de seu olhar
Da sua imensa sabedoria que fazia de sua vida uma verdadeira lição.

Saudade da mulher elegante, da sua discreta vaidade, da sua palavra sensata e inteligente. Saudade até do seu jeito autoritário de ser, de tomar decisões...

Saudade do seu espírito solidário que acolhia a todos, fazendo da nossa casa, em alguns momentos, uma verdadeira pensão, do tamanho do seu coração acolhedor.

Saudades do dia das mães em sua casa. Casa cheia, mesa farta, crianças correndo, filhos cantando, e o amor transbordando para todos os lados...

É mãezinha, sem você o dia das mães nunca mais será o mesmo...

sábado, 7 de maio de 2011

Mãe

Se alguém me perguntasse qual a minha fonte maior de realização, eu não teria dúvidas em dizer que é ser mãe. Já escreví livros, já plantei árvores, mas o mais importante da minha vida foi ter três filhas maravilhosas. Com elas e, através delas, conhecí emoções diferentes. Sofrí, chorei, mas também explodí de alegria a cada vitória das minhas meninas. Mostrei-lhes caminhos que percorremos juntas, ensinei-lhes coisas, cantei prá elas e, através delas conhecí o verdadeiro sentido da palavra AMOR. Um amor incondicional. Sem limites, sem racionalidade, sem tempo para acontecer...um amor que é pura doação, mas, sem cobranças, sem exigências... um amor que só as mães são capazes de conhecer.
Definitivamente, Deus foi muito bom prá mim quando me deu de presente esses três tesouros...

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O poder dos donos

Deu no blog de Laurita Arruda que o vice governador Robinson Faria ao encontrar-se com o prefeito de Assu, Ivan Junior nos corredores da Assembleia Legislativa, registrou sua decepção pela ausência do prefeito do PP na festa de lançamento do PSD sábado último. Em seguida "relembrou os créditos do passado e pontuou consequências para o futuro".
Bom começo para o Partido Social Democrata no RN. Pelo visto de democrata não tem nada e de social  menos ainda. É decepcionante ver um político jovem com uma liderança indiscutível, assumir posturas do arco da velha: perseguições, ameaças, numa demonstração desprezível de troca de favores sob controle, no velho estilo clientelista. Lamentável, Dep. Robinson, que a sua idade não tenha o significado do novo em termos de política.  

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Um pouco mais de luz

 
Se o seu dia a dia é pesado, monótono, vazio, e você sente sempre uma nuvem negra ameaçando a sua capacidade de sorrir, de ver o mundo com outros olhos, faça um esforço. Deixe a luz entrar em seu coração e em sua vida. Perceba como o mar tem uma cor diferente quando é verão, como os jardins ficam mais floridos quando existe sol...Isso também pode acontecer com você. Como diz a música: "abre bem a porta do seu coração e deixe a luz do céu entrar..."

terça-feira, 3 de maio de 2011

Dias no Rio

O Rio de Janeiro continua lindo!
Apesar do trânsito caótico, das comunidades pacificadas e não pacificadas, da violência urbana, do precário sistema de transporte urbano que nos faz gastar o tempo equivalente a uma viagem Natal - João Pessoa prá ir do Recreio à Ipanema ou da UFRJ à Barra... meros detalhes...
O que conta para o carioca é o sol que dá praia, é o chopp gelado no bar da esquina, é o Flamengo X Vasco assistido no meio da rua, é o papo maneiro, a musicalidade, "tudo enfim que a carioquice tem de bom".
E o Rio tem também o prefeito que os cariocas merecem. "E além do mais, Ele é carioca, ele é carioca..."
Um verdadeiro "menino do Rio", na inspiração de Caetano. Na manhã de sábado passado, inaugurando um viaduto entre o Recreio e a Barra, o prefeito Eduardo Paes desceu a rampa do viaduto, de skate. Sim de SKATE!!! E não fez feio. Um verdadeiro menino do Rio... Que circula entre o mar, o sambódromo (ele toca cuíca), a montanha e as comunidades com a maior desenvoltura. Uma perfeita demonstração de eficiente marketing político.
Será que ele tem um dragão tatuado no braço?
Quem sabe , na próxima corrida urbana nós vamos poder tirar essa dúvida...
Garoto esperto, bem ao gosto do carioca...

Ainda o Machadão

Triste, muito triste, a indiferença da população com o fim do nosso Machadão. Será que a capacidade de indignação do povo está indo para o beleléu, com o excesso de abusos dos governantes desse nosso país?
Transcrevo aqui trechos de uma carta enviada pelo Prof. Carlos Gomes ao seu irmão Moacir, autor do projeto do "poema de concreto armado", postado no blog do jornalista Roberto Guedes. Vale a pena conferir:


Réquiem para um estádio

 Sob o impacto da manchete de O Jornal de Hoje, edição de 23/24 deste abril: "O último suspiro", já recolhido à meditação da Semana Santa, ainda mais voltei no tempo e me deparei com o desamor, com a insensatez e com a falta de vontade política para atender às necessidades do povo, que ainda persiste nestas plagas de Poti.
 A imprensa vem alardeando o fechamento de hospitais infantis em Natal e Parnamirim, a falta de medicamentos, a insegurança, escola caindo, ruas alagadas, transporte precário, ganância de alguns postos de combustíveis, falta de fiscalização, constatação do caos nos hospitais e estabelecimentos prisionais, estradas e ruas esburacadas. Ao reverso, os políticos especulam o próximo titular da Prefeitura de Natal, os burocratas que já atuaram ou atuam nos palcos da província, sem nada de novo, sem proposta e sem projetos públicos estruturantes, mas apenas os da sobrevivência das oligarquias.
 Enquanto isso acontece, são contadas as horas da demolição de um bem público que somou grandes feitos, que alegrou a população mais desprovida de recursos, que ofertou momentos de glória.
 Num passe de mágica, tudo isso é passado, não o passado que fica, mas o que se esquece. Alguns cronistas especializados registram o fato como algo comum - Machadão com dias contados - e até relacionam minúsculos acontecimentos negativos como brigas, suicídios, crimes ou quedas fatais em simetria com conquistas. Mas apontam lenitivos - a destruição é sem implosão para não incomodar os vizinhos. Já se comenta como ex-colosso.
 Há uma canção que retrata bem esse episódio: "Nossa história acabou, sem um aplauso sequer, quando o pano baixou, uma cena banal, mas um ponto final".
 Sim, o Machadão vai ao chão, foi condenado sem nenhuma defesa, a não ser o grito de um vetusto arquiteto que o concebeu e o apoio de poucos amigos. Os órgãos públicos pouco fizeram; audiências frustradas por orquestrações exóticas, inúteis - somente para seguir o figurino.

E tudo isso em nome da Copa, vista pelos nossos governantes como a salvação da nossa lavoura....