segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A imoralidade da nossa política

Alguns dias fora de Natal e, na chegada, fatos surpreendentes que mandaram para a prisão alguns personagens "importantes" da sociedade natalense. Digo importantes porque são sempre notícia (nas crônicas sociais e nas páginas políticas) e fazem parte da chamada elite local: ex governadores, senadores em potencial, empresários, donos de cartório, gestores públicos e seus parentes mais chegados. O velho quartel da polícia que acolheu como prisioneiros, homens de bem, na época da ditadura, acolhe agora os criminosos de colarinho branco. O motivo: a criação da cobrança de uma taxa no licenciamento de veículos, totalmente ilegal, que  sustentava uma rica mesada para os ex-governantes e engordava o patrimônio de outros tantos.
Quem pagava essa conta? Todos os cidadãos que necessitavam do registro no DETRAN. Nós, simples mortais, que precisamos pagar todos os impostos e taxas públicas para podermos circular livremente como cidadãos. O cidadão que compra um carro em 60 meses e financia os 4X4 dos poderosos. (Você já notou que todo político tem um?) Gente, um crime anunciado contra o cidadão comum que tantas vezes acreditou e elegeu essas criaturas.
O ministério público acusa a "formação de quadrilha", dentre outros crimes. E a quadrilha envolvia funcionários públicos, dirigentes, donos de cartório, empreiteros, empresários, além dos políticos, seus filhos ou genros. Gente de bem!!!!!! 
Confesso que a expressão "quadrilha", quando não é de São João, ainda me choca. No meu imaginário, quadrilha é coletivo de bandidos, assassinos, ladrões perigosos.
É, a bactéria do crime está chegando em todos os escalões da sociedade. O exemplo para os nossos jovens é assustador mas, ainda teimamos, em pensar como criminosos apenas aqueles que superlotam as delegacias das cidades por crimes comuns, e em acreditar nas boas intenções e favores dos criminosos de colarinho branco em tempos de eleição.
Você não pode esquecer que eles não são vítimas de nada. As vítimas somos nós.   

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