sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O melancólico segundo turno

Estamos às vésperas da eleição que marcará o segundo turno da escolha do prefeito de nossa cidade e, durante esses últimos 15 dias assistimos, atônitos, ao deprimente espetáculo do embate entre os dois candidatos. Ao invés de debate de idéias, insultos. Ao invés da discussão de programas de governo, acusações. Ao invés de um olhar para o futuro, um olhar sobre o passado. Ao invés de seriedade, chacota. Ao invés de POLÍTICA, politicagem.
A política barata, que usa como armas típicas a intriga, o conchavo, a simulação, o golpe, deixando em plano secundário o debate público, os princípios, os valores, a coerência. Essa é a face menos nobre da política, a "face suja , desagradável e obscura".
Gostaria de lembrar aos candidatos da hora que, os natalenses desejam ser bem governados, desejam ver o caos em que se transformou a sua amada cidade, superado, através de uma ação eficiente de seu governo. Eles precisam acreditar na POLÍTICA para verem solucionados os seus graves problemas. Mas a POLÍTICA que constrói, que eleva, que transforma. Não a política do "marketing eleitoral" barato e despolitizado, cheio de apelações exdrúxulas e totalmente incabíveis num momento importante de escolhas.
É isso! Vamos tentar passar um pano nas candidaturas, retirar o pó nocivo da política barata, tentando encontrar mais verdade, mais coerência e mais compromisso. E que domingo,possamos escolher aquele que, ao nosso ver, pode melhorar a nossa cidade, apesar de toda a sujeira das campanhas.    

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A luta em defesa do CIC não pode parar


A sociedade natalense foi surpreendida, na semana que passou, com a notícia do fechamento da mais antiga escola católica da cidade: o Colégio Imaculada Conceição. A notícia gerou perplexidade em todos os que, de alguma forma, ainda tem algum tipo de vínculo com a escola. Professores, funcionários, alunos, pais, ex-alunos e a comunidade religiosa Dorotéia, expressou o seu pesar, de forma veemente, quando do anúncio feito pelas representantes da congregação, no Nordeste, no dia 03, próximo passado. O clima no colégio era de dor, indignação e revolta. E naquele dia, uma certeza se instaurou entre todos que ali estavam: o CIC não pode fechar. São 110 anos de história, formando gerações, em um projeto educacional baseado em valores éticos, cívicos e religiosos, e um ensino de qualidade.
Mas, essa luta não pode ser só da comunidade que faz parte do colégio, hoje. Essa deve ser uma luta de todos os cidadãos natalenses, pois o Imaculada é parte da história dessa cidade.  O seu prédio centenário é patrimônio de nossa cidade e, por ele, devemos lutar.
Nesse momento, gostaria de conclamar todos os ex-alunos do CIC para participar desse processo de resistência, em defesa do nosso colégio. Numa luta ativa e engajada. As redes sociais já estão cheias de depoimentos expressando indignação com o fato. Isso é importante, mas não é suficiente. A participação ativa no movimento é, mais do que nunca, fundamental. Precisamos mostrar à Congregação que Natal não aceita, de forma passiva, a sua decisão. Que o CIC é patrimônio de todos e que não pode morrer.
Se vocês não saírem da comodidade de suas casas, para se engajarem no nosso movimento, esse será um movimento fraco, isolado, restrito a àqueles que perderão o seu emprego (funcionários e professores), ou àqueles que perderão a oportunidade de continuar educando seus filhos em uma escola que prima pela formação cidadã e religiosa.   
No próximo dia 20, às 17:00 hs, na capela do colégio, uma missa homenageará os professores que fizeram e fazem parte dessa história e marcará o nosso reencontro e engajamento nessa luta que é de todos.
Esperamos vocês!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A difícil escolha

Faltam apenas dois dias para a eleição que vai eleger o prefeito da nossa  cidade. Uma cidade que está como um barco à deriva, sem rumo e sem prumo. E, diante dessa realidade, está me parecendo muito mais difícil escolher alguém para governá-la, pois esse governo tem que ter o sentido da reconstrução. Não que eu não goste dos candidatos que estão aí. Fui professora de um deles. Andei ajudando um outro que me parece sério, em determinado momento de sua trajetória política. Fui "companheira" de outro quando me filiei a um partido político há muitos anos atrás, e, no geral, eles me parecem idealistas, desejosos de governar a cidade que escolheram. Todos jovens e, acho, que bem intencionados...
A minha dúvida começa a ser esboçada quando analiso os seus parceiros e a forma como se deu a escolha dos mesmos. E aí a coisa complica. Se é verdadeiro o ditado que diz: Dize-me com quem andas que eu te direi quem és, olho para as candidaturas e o medo começa a ameaçar as minhas escolhas. Depois da última eleição, acreditei que a prefeita eleita pudesse fazer uma boa gestão. O resultado todo mundo sabe qual foi. E não credito o fiasco da gestão apenas a prefeita eleita, mas, sobretudo, àqueles que estavam em sua volta.
Não sou ingênua, tenho uma sólida formação em Ciência Política e sei, que a política é um jogo de vale tudo. Que a cada eleição, os políticos mudam de postura: os amigos podem virar inimigos, os inimigos, amigos, e todas as alianças serão feitas com um único objetivo: ganhar o jogo e a qualquer preço. Velhos personagens podem voltar ao poder com um discurso redencionista e podem ser transformados em parceiros honrados por aqueles que buscam a vitória.
Olhando em volta, temo pelo futuro de nossa cidade. Tudo seria tão mais fácil, se em vez do conflito, houvesse entre alguns candidatos que disputam o páreo, uma aliança de um novo tipo em prol da reconstrução da cidade...
Como não há, tá difícil escolher.