Havia distribuição mensal de pães no Pórtico de Minucius, que assegurava o pão cotidiano. Os Cesares não deixavam a plebe romana bocejar nem de fome nem de aborrecimento. Os espetáculos foram a grande diversão para a desocupação dos seus súditos, e por conseqüência o seguro instrumento do seu absolutismo. Isso era um obstáculo a Revolução em uma Urbe onde as massas incluíam 150.000 homens desocupados que o auxílio da assistência pública dispensava de procurar trabalho."
Alguns mil anos depois...
"Guamaré e Macau gastaram R$13 milhões com festas" (Tribuna do Norte, 10 de abril de 2013).
Segundo dados do Ministério Público Estadual, as prefeituras de Guamaré e Macau, no Rio Grande do Norte, gastaram 90% dos royaltes e 70% do Fundo de Participação dos Municípios com festas. Os dois municípios, apesar de produtores de gás natural e sal, estão entre os que detêm um baixo Índice de Desenvolvimento Humano-IDH, do estado. A miséria em Guamaré virou paisagem natural, mesmo com os recursos do petróleo-gás, gastos, como agora se sabe, na promoção de festas populares em diferentes datas, dentre elas o carnaval. Contratações super faturadas enchiam os bolsos dos governantes e seus auxiliares com a conivência dos "artistas" contratados.
A receita que dava certo em Roma continua a ser adotada onde a miséria campeia. Agora o pão vem dos programas assistencialistas do governo federal e o circo é assegurado pelos governos municipais.
E o povo? aplaude, reelege os governantes e se inebria de prazer nos espetáculos dos "novos circos". E fica doente sem hospital, analfabeto sem escola, e mora debaixo da ponte por falta de moradia. Isso é BRASIL!!!!!!!!!
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