Vinte anos depois da Eco 92, a primeira conferência sobre o meio ambiente acontecida sobre o patrocínio das Nações Unidas, o mundo continua quase o mesmo, em termos de proteção ambiental. Pouca coisa mudou. Talvez apenas os rótulos, os novos conceitos para designar as mesmas coisas. A própria ambientação da Rio+20 a despeito de algumas sofisticações alegóricas, era muito semelhante à 92. Muita festa, muito auê, eventos paralelos, ONGs em profusão, assembléias paralelas, acampamentos no meio da praça e muito pouca decisão.
A falta de acordos entre os países, a ausência dos que realmente importam, e a necessidade de cumprir os rituais das grandes conferências, levou, mais uma vez à elaboração e assinatura de um documento final que desagradou a todos. No meio dos desacordos a questão: quem pagará a conta do desenvolvimento sustentável, da economia verde ou qualquer coisa do tipo? No mundo em que vivemos, o financiamento produtivo é voltado para a idéia do lucro (e quanto mais rápido e fácil ele vier, melhor). A economia verde, o desenvolvimento sustentável estão na contramão dessa história. No Rio+40 a história certamente se repetirá, e talvez já seja tarde demais...
Nenhum comentário:
Postar um comentário