Mais uma vez a nossa cidade é objeto de reportagem do Fantástico. O motivo? a falta da responsabilidade do poder público com as nossas escolas. O caso da merenda escolar chegou à telinha da Globo para todo o Brasil no domingo à noite.
Essa não é a primeira vez que a merenda escolar se torna notícia de jornal. Todos nós conhecemos estórias feias envolvendo os recursos da merenda: super faturamento, alimentos estragados ou inadequados para o consumo de crianças, pagamentos adiantados, favorecimento de empresas, etc, etc.
Algumas mudanças foram realizadas no sentido da descentralização das compras da merenda, na tentativa de evitar problemas de armazenamento, alimentos inadequados e barganha política com os recursos. Durante os últimos anos identificamos avanços no quesito da merenda em muitos municípios, depois da descentralização: oferta de uma alimentação mais natural e saudável, respeito aos hábitos alimentares da região, agilidade nas compras e oferta sem interrupção.
No Brasil, um país de tantos pobres, apesar dos índices otimistas do governo, a merenda escolar funciona como um dos atrativos da escola pública. É grande o número de crianças cuja única refeição é a merenda da escola e, se falta merenda, a escola perde esse poder de atração.
Diante disso tudo surpreende-nos a notícia de que em Natal falta merenda em um número significativo de escolas. Ou, a merenda é feita com alimentos estragados, provocando doenças.
A resposta da prefeitura é, no mínimo descabida. Se a merenda é suspensa em algumas escolas por falta de relatórios ou prestação de contas, os administradores escolares é que devem ser penalizados e não as crianças. Ou modernizamos/humanizamos a cabeça dos burocratas e dos governantes ou quem sempre vai sair perdendo são os mais fracos. No caso da merenda, milhares de crianças, vítimas da desnutrição, da pobreza e também do descaso dos governantes.
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