domingo, 23 de dezembro de 2012

Um novo Natal prá você!



Natal é sinônimo de vida nova. De começo (ou recomeço, uma vez que é celebrado todos os anos), lembrando o nascimento de alguém muito especial. Um alguem que veio ao mundo para semear a paz, a justiça e, acima de tudo o amor. De alguém que não nasceu em berço de ouro, apesar de ser REI. Que chegou ao mundo na simplicidade de uma manjedoura, pois não havia lugar na hospedaria da cidade, apesar de ser o filho de DEUS.
É preciso não esquecer que essa é a razão da comemoração do Natal. 
Por isso amigo(a):
Não substitua o menino DEUS por Papai Noel no meio da sua família...
Não deixe que  o cansaço das compras lhe tire a disposição para curtir a festa...
Não perca a alegria porque não ganhou aquele presente que você tanto queria...
Deixe que esse Natal seja diferente.
Plante a alegria no seu coração...
Assuma a serenidade como seu novo modus vivendi...
Jogue fora a ansiedade que não lhe deixa viver bem o presente...
Tente não valorizar tanto as coisas que lhe deixaram triste...
Olhe em volta e veja quanto o Pai dessa criança que vai nascer tem feito por você...

E aí, sim, o Natal vai realmente acontecer em seu coração, em sua casa e em sua família.
É o que lhe desejo com muito amor.


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Hoje é o dia dela.

O dia 28 de novembro sempre foi para mim (e certamente para os meus irmãos) um dia especial. Era o dia dela! O dia do aniversário de mamãe. Um dia de muita alegria e muito barulho na casa da rua Maria Auxiliadora.
Chegávamos cedo para o café da manhã, às vezes depois de irmos todos à missa. Mesa farta, flores em profusão e muita, mas muita alegria. Ficávamos quase a manhã inteira e voltávamos à tardinha para uma comemoração que se estendia noite a dentro. Alí, novamente, filhos, netos, bisnetos e amigos se juntavam para reverenciar a nossa querida. Quem esteve lá, alguma vez, certamente nunca esquecerá. 
Mamãe, em sua velha cadeira de balanço, recebia a todos com muito carinho e administrava tudo para que nada faltasse aos seus queridos convidados. Havia sempre música, violão, cantoria, essa uma grande marca das festas  na casa de mamãe.
Hoje o dia 28 de novembro é para mim um dia de melancolia e muita saudade. Um vazio enorme toma conta do meu coração na certeza de que aquelas festas não acontecerão jamais. Não mais ouviremos a sua risada gostosa no meio dos amigos, as suas mãos batendo palmas, de mansinho, ao som de músicas alegres, o barulho incontrolável que só cessava quando a sua voz se fazia ouvir. Ah, mamãe, quanta saudade. 
Hoje certamente o céu está em festa. Você reuniu os amigos e, com as bençãos de Deus comemorou o seu aniversário. Aqui, ainda não conseguimos cantar com a alegria com que cantávamos nas suas festas mas, continuamos semeando o terreno fértil da família que você preparou.
Saudades, mamãe e obrigado por tudo!!!!!!

domingo, 11 de novembro de 2012

Uma luta diferente - a defesa do CIC

Sempre fui uma pessoa de luta. Acho que essa foi a herança maior da minha mãe. Nunca fui de me acomodar com o curso dos acontecimentos e, a minha formação acadêmica, me condicionou a acreditar que nós podemos, sim, mudar a história.
Já enfrentei muitas batalhas. A palavra participação sempre fez parte da minha vivência cotidiana. Talvez porisso o meu principal tema de pesquisa na universidade, tenha sido , a política fora das instituições, os movimentos sociais, a política que nascia nas ruas, nos grupos, nas associações.
Viví a minha adolescência e parte da minha juventude durante o regime militar mas, a minha geração soube criar formas diferentes de expressão do seu descontentamento com o status quo ( a música, o teatro, e até o esporte). Com o início do processo de redemocratização do país, participei ativamente da construção do movimento docente na universidade; de campanhas como a "Diretas Já"; do processo de fortalecimento do Partido dos Trabalhadores. E, no cotiiano da vida comum, sempre estive do lado dos mais fracos, procurando apoiar as suas causas.
Na grande maioria das lutas que travei, encontrei interlocutores dispostos ao diálogo e a negociação. Afinal, vivíamos a reconstrução da democracia no país.
Hoje, na quietude da minha aposentadoria, decidi assumir mais uma causa: a defesa do colégio onde passei toda a minha vida estudantil, assumindo a presidência da associação de suas ex-alunas. Alguns meses depois, fomos surpreendidos com a decisão da Congregação das Irmãs Dorotéias de fechar aquele estabelecimento de ensino e, desde o momento da comunicação dessa decisão, assumí a luta dos que fazem o movimento "Eternamente CIC".   Um movimento diferente de todos os demais que eu participei. Em muitos aspectos, mas, principalmente, na ausência de diálogo, na intolerância dos opositores ( as freiras que dirigem a província nordeste das Irmãs Dorotéias) e no desrespeito ao direito de expressão que professores, funcionários, pais e ex-alunos têm, diante da decisão da congregação de fechar o colégio.
Lamentável ver esse tipo de atitude em religiosas que pregam a misericórdia, a caridade, e a humildade, e que tiveram a sua formação espelhada no exemplo de Santa Paula Frassinetti (a fundadora da congregação).
No interior do Colégio Imaculada Conceição, impera o medo, sobretudo das irmãs que formam a comunidade de Natal. A grande maioria, em idade avançada, sofre com as incertezas em relação ao seu futuro e ao futuro da escola.
A experiência que fui adquirindo no decorrer da minha história aponta para a derrota de nossa luta. O CIC fechará e não há possibilidade de se discutir nehuma proposta alternativa. Mas, a nossa luta tem que continuar. Não podemos permitir que a especulação imobiliária destrua o prédio centenário. A nossa luta agora é pelo tombamento daquele prédio que, desde 1906 abriga o colégio e a comunidade religiosa. O prédio que abriga memórias e histórias de tantas gerações de norte-riograndenses. A luta agora é de toda a sociedade. Precisamos do apoio dos governantes, das instituições de cultura, da sociedade como um todo, para frear qualquer tentativa de enterrar, por completo, a memória de tão importante estabelecimento de ensino.
Essa tem sido uma luta diferente mas, ela tem que continuar...  

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O melancólico segundo turno

Estamos às vésperas da eleição que marcará o segundo turno da escolha do prefeito de nossa cidade e, durante esses últimos 15 dias assistimos, atônitos, ao deprimente espetáculo do embate entre os dois candidatos. Ao invés de debate de idéias, insultos. Ao invés da discussão de programas de governo, acusações. Ao invés de um olhar para o futuro, um olhar sobre o passado. Ao invés de seriedade, chacota. Ao invés de POLÍTICA, politicagem.
A política barata, que usa como armas típicas a intriga, o conchavo, a simulação, o golpe, deixando em plano secundário o debate público, os princípios, os valores, a coerência. Essa é a face menos nobre da política, a "face suja , desagradável e obscura".
Gostaria de lembrar aos candidatos da hora que, os natalenses desejam ser bem governados, desejam ver o caos em que se transformou a sua amada cidade, superado, através de uma ação eficiente de seu governo. Eles precisam acreditar na POLÍTICA para verem solucionados os seus graves problemas. Mas a POLÍTICA que constrói, que eleva, que transforma. Não a política do "marketing eleitoral" barato e despolitizado, cheio de apelações exdrúxulas e totalmente incabíveis num momento importante de escolhas.
É isso! Vamos tentar passar um pano nas candidaturas, retirar o pó nocivo da política barata, tentando encontrar mais verdade, mais coerência e mais compromisso. E que domingo,possamos escolher aquele que, ao nosso ver, pode melhorar a nossa cidade, apesar de toda a sujeira das campanhas.    

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A luta em defesa do CIC não pode parar


A sociedade natalense foi surpreendida, na semana que passou, com a notícia do fechamento da mais antiga escola católica da cidade: o Colégio Imaculada Conceição. A notícia gerou perplexidade em todos os que, de alguma forma, ainda tem algum tipo de vínculo com a escola. Professores, funcionários, alunos, pais, ex-alunos e a comunidade religiosa Dorotéia, expressou o seu pesar, de forma veemente, quando do anúncio feito pelas representantes da congregação, no Nordeste, no dia 03, próximo passado. O clima no colégio era de dor, indignação e revolta. E naquele dia, uma certeza se instaurou entre todos que ali estavam: o CIC não pode fechar. São 110 anos de história, formando gerações, em um projeto educacional baseado em valores éticos, cívicos e religiosos, e um ensino de qualidade.
Mas, essa luta não pode ser só da comunidade que faz parte do colégio, hoje. Essa deve ser uma luta de todos os cidadãos natalenses, pois o Imaculada é parte da história dessa cidade.  O seu prédio centenário é patrimônio de nossa cidade e, por ele, devemos lutar.
Nesse momento, gostaria de conclamar todos os ex-alunos do CIC para participar desse processo de resistência, em defesa do nosso colégio. Numa luta ativa e engajada. As redes sociais já estão cheias de depoimentos expressando indignação com o fato. Isso é importante, mas não é suficiente. A participação ativa no movimento é, mais do que nunca, fundamental. Precisamos mostrar à Congregação que Natal não aceita, de forma passiva, a sua decisão. Que o CIC é patrimônio de todos e que não pode morrer.
Se vocês não saírem da comodidade de suas casas, para se engajarem no nosso movimento, esse será um movimento fraco, isolado, restrito a àqueles que perderão o seu emprego (funcionários e professores), ou àqueles que perderão a oportunidade de continuar educando seus filhos em uma escola que prima pela formação cidadã e religiosa.   
No próximo dia 20, às 17:00 hs, na capela do colégio, uma missa homenageará os professores que fizeram e fazem parte dessa história e marcará o nosso reencontro e engajamento nessa luta que é de todos.
Esperamos vocês!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A difícil escolha

Faltam apenas dois dias para a eleição que vai eleger o prefeito da nossa  cidade. Uma cidade que está como um barco à deriva, sem rumo e sem prumo. E, diante dessa realidade, está me parecendo muito mais difícil escolher alguém para governá-la, pois esse governo tem que ter o sentido da reconstrução. Não que eu não goste dos candidatos que estão aí. Fui professora de um deles. Andei ajudando um outro que me parece sério, em determinado momento de sua trajetória política. Fui "companheira" de outro quando me filiei a um partido político há muitos anos atrás, e, no geral, eles me parecem idealistas, desejosos de governar a cidade que escolheram. Todos jovens e, acho, que bem intencionados...
A minha dúvida começa a ser esboçada quando analiso os seus parceiros e a forma como se deu a escolha dos mesmos. E aí a coisa complica. Se é verdadeiro o ditado que diz: Dize-me com quem andas que eu te direi quem és, olho para as candidaturas e o medo começa a ameaçar as minhas escolhas. Depois da última eleição, acreditei que a prefeita eleita pudesse fazer uma boa gestão. O resultado todo mundo sabe qual foi. E não credito o fiasco da gestão apenas a prefeita eleita, mas, sobretudo, àqueles que estavam em sua volta.
Não sou ingênua, tenho uma sólida formação em Ciência Política e sei, que a política é um jogo de vale tudo. Que a cada eleição, os políticos mudam de postura: os amigos podem virar inimigos, os inimigos, amigos, e todas as alianças serão feitas com um único objetivo: ganhar o jogo e a qualquer preço. Velhos personagens podem voltar ao poder com um discurso redencionista e podem ser transformados em parceiros honrados por aqueles que buscam a vitória.
Olhando em volta, temo pelo futuro de nossa cidade. Tudo seria tão mais fácil, se em vez do conflito, houvesse entre alguns candidatos que disputam o páreo, uma aliança de um novo tipo em prol da reconstrução da cidade...
Como não há, tá difícil escolher.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Parabéns filha querida

Há muitos anos atrás você chegava, no meio da tarde de uma dia de muito sol. Grande, forte (4kg) e apressada, num parto super normal e rápido, apesar do seu tamanho e do laço do cordão umbilical no seu pescoço. Você chegou, obstinada, decidida a marcar o seu lugar no meu mundo e no mundo da nossa família. Aliás a obstinação sempre foi a sua melhor marca: nos estudos, nos esportes, na busca de seus sonhos e de seus amores.
Estou feliz de estar junto de você nesse seu aniversário, esperando a chegada de seu primeiro filho. Continuo a ver em você, a criança corajosa, decidida e obstinada (AGORA MULHER), me orgulhando demais da sua energia e da sua dedicação a esse novo amor que está chegando.
Filha, te amo com o mesmo amor que você está prestes a conhecer. Que Deus continue a iluminar a sua vida, a sua família, a história que você está construindo.
No dia do seu aniversário, quem merece PARABÉNS sou eu, por ser mãe de uma pessoa tão linda e tão especial.

P.S. Na falta de  uma floricultura por perto, vão essas flores cuja beleza expressam a imensa ternura que sinto por você.

domingo, 29 de julho de 2012

Voto e Religião

A semana passada dei uma entrevista para a televisão, discutindo a questão do voto dos evangélicos, dos jovens e das mulheres. Resolví explicar melhor essas questões para os meus queridos leitores (não confundir com eleitores)
O assunto de hoje é Religião e Voto.

Nos últimos anos tem sido cada vez maior a presença de candidatos evangélicos nos processos eleitorais, assim como cresce a bancada de evangélicos na Câmara Federal e em algumas Assembléias Legislativas. Isso tem aumentado o potencial político dos políticos evangélicos, que já se apresentam como boas opções na formação de chapas majoritárias. A crença embutida nessa relação é que o pertencimento às igrejas evangélicas explica o comportamento eleitoral desse segmento da população. A pergunta que fica: O que explica essa realidade e o que torna os evangélicos diferentes dos católicos, por exemplo?

É verdade que evangélico vota sempre em evangélico? Como pensávamos, antigamente que trabalhador vota em trabalhador?
Na minha opinião se religião explicasse o voto, católico votava em católico, umbandista em umbandista, budista em candidato budista, e por aí adiante. A questão vai um pouco mais além. 
Em pesquisa que realizamos sobre a "geografia do voto" na Região Metropolitana de Natal, chamou-nos atenção a distribuição da votaçao, na eleição de 2006 (primeira eleição analisada na pesquisa) do deputado Antônio Jácome, pastor evangélico. Ele foi um dos deputados classificados por nós, como "deputado metropolitano" por obter mais de 50% de seus votos na região metropolitana de Natal (principalmente em Natal, Parnamirim e São Gonçalo). Quando analisamos a votação do candidato em Natal ficaram claras as áreas onde os seus votos predominaram: Felipe Camarão, Quintas, e alguns bairros da Zona Norte, isso é, as regiões mais periféricas e mais pobres da cidade, onde se concentra a maioria da população evangélica. 
A votação do candidato nos bairros de classe média e alta, da cidade, era quase insignificante.

A pergunta que se segue é a seguinte: Não existem evangélicos nesses bairros?
Um censo realizado há alguns anos atrás, por pesquisadores da UFRN, sobre a presença dos evangélicos na cidade, mostra que sim, mas a votação dos candidatos evangélicos nessas áreas é insignificante.
A tese que defendo, então, sobre o assunto é a seguinte:
Apesar do crescimento das igrejas evangélicos na sociedade brasileira, como um todo, é na periferia das cidades que essas igrejas assumem um papel de maior influência no comportamento das pessoas. Isso porque, a religião evangélica assume uma posição de guarida para os fracos e oprimidos, a Igreja aparece como o único espaço de realização de identidades sociais do indivíduo que vive na pobreza e na marginalidade, e se estabelece uma relação de grande proximidade entre o pastor e o seguidor, que não acontece, por exemplo entre o padre e os católicos. Os pastores que são em muito maior número que os padres, assumem  a condição de "pai", como me disse uma pessoa evangélica que participava da minha entrevista, e a igreja é o espaço de salvação, não só eterna, mas também, terrena. Acredito que, nessa realidade se aplica bem a idéia marxiana de que "A religião é o ópio do povo".
E nessas realidade, o pastor assume uma posição central nas comunidades e seu poder de persuassão pode explicar o comportamento eleitoral dos indíduos.

A questão, assim, é muito mais social do que propriamente política. Tem a haver com o papel desempenhado por essas igrejas nas comunidades mais pobres e na identidade religiosa, social e política decorrente da sua presença nesses lugares. Os evangélicos de classe média não votam necessariamente em evangélicos, nem, tampouco aqueles situados nos estratos mais altos da sociedade.
A idéia de que evangélico vota em evangélico não pode ser vista como verdade absoluta pois isso ocorre em consequência das mediações sociais que se estabelece entre religiosidade e pobreza. O Rio de Janeiro(segundo a nossa pesquisa) é um exemplo claro do que afirmamos.

Tenho dito!  

terça-feira, 26 de junho de 2012

A metamorfose do PT

A história do Partido dos Trabalhadores esteve sempre ligada à história dos movimentos sociais que lhe deram origem. O PT foi o único partido do país que nasceu nas ruas. Que veio das bases. E, por isso, o único partido que experimentou mecanismos de gestão pública, baseados na idéia da democracia direta. O partido do assembleísmo, da discussão aberta. Isso tudo, até chegar ao topo do poder na política brasileira.

Lá, foi descobrindo que o clamor das bases dá trabalho, ratificando a velha tese de Samuel Huntington de que o exceso de demandas vindas da sociedade cria problemas de governabilidade. Daí, quanto menos participação, melhor. Mas, a participação não era a marca maior do "modo petista de governar"? As decisões internas o partido não vinham sempre das bases? Mesmo quando elas eram forjadas?

Lamentável a atitude do diretório nacional do partido nos casos de Recife e Mossoró. Dessa forma a cúpula esquece as bases e constrói alianças exdrúxulas passando por cima de sua história.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A cidade está doente

Nos últimos dias tenho visto na televisão uma propaganda oficial (não me lembro se da prefeitura ou do governo estadual) que faz parte da campanha de combate a dengue. Nela, uma jovem senhora, aparentando uma grande tristeza, se culpa pela morte da vizinha (de dengue) pelo fato de ter descuidado da limpeza do seu quintal. As imagens são fortes e acredito que cumprem a função de amedrontar a população.

Todos nós sabemos que a população pode ajudar, e muito, no combate da doença que vem atingindo índices alarmantes. Estar atento para a existência de depósitos que podem acumular água é uma tarefa importante para todos nós. Isso, no entanto, não faz de nós os grandes responsáveis pela proliferação da doença. O poder público tem que fazer a sua parte.

Na última semana ví no jornal a cobrança feita por um médico infectologista acerca dos chamados "carros fumacê". Logo em seguida o poder público tentou apresentar razões técnicas para a ausência desses carros, alegando que o fumacê só atinge mosquitos adultos (e daí?) e causa prejuízos à saúde da população se a sua utilização não cumprir um intervalo de 06 meses. Acontece que, em muitas regiões da cidade não se vê esses carros, há anos. Mas, deixcando os "carros fumacê" de lado, vem a questão mais importante na atual situação. A prefeitura não está limpando o seu "grande quintal" e assim não dá prá cobrar a limpeza do meu e me responsabilizar pelas mortes que acontecem.

Essa semana passei pelo bairro de Mãe Luiza e o que ví me deixou estarrecida. O bairro está transformado num grande lixão a céu aberto, que com as chuvas escorre pelas ladeiras. Uma verdadeira imundície. Isso, no entanto, não é privilégio de Mãe Luiza. Está acontecendo em um número muito grande de bairros da cidade. 

E aí, prefeitura de Natal? A hora de assumir o seu papel no combate à dengue,  passou há muito tempo. Não adianta querer incultir sentimento de culpa em nós mortais, pela proliferação da dengue e de muitas outras doenças que estão enchendo os hospitais públicos e privados.   A responsabilidade é sua. A população, prefeita, confiou em você quando lhe deu o seu voto. Pense nisso pois a cidade não pode permanecer doente por muito tempo.

sábado, 23 de junho de 2012

O fiasco do Rio + 20

Vinte anos depois da Eco 92, a primeira conferência sobre o meio ambiente acontecida sobre o patrocínio das Nações Unidas, o mundo continua quase o mesmo, em termos de proteção ambiental. Pouca coisa mudou. Talvez apenas os rótulos, os novos conceitos para designar as mesmas coisas. A própria ambientação da Rio+20 a despeito de algumas sofisticações alegóricas, era muito semelhante à 92. Muita festa, muito auê, eventos paralelos, ONGs em profusão, assembléias paralelas, acampamentos no meio da praça e muito pouca decisão.
A falta de acordos entre os países, a ausência dos que realmente importam, e a necessidade de cumprir os rituais das grandes conferências, levou, mais uma vez à elaboração e assinatura de um documento final que desagradou a todos. No meio dos desacordos a questão: quem pagará a conta do desenvolvimento sustentável, da economia verde ou qualquer coisa do tipo? No mundo em que vivemos, o financiamento produtivo é voltado para a idéia do lucro (e quanto mais rápido e fácil ele vier, melhor). A economia verde, o desenvolvimento sustentável estão na contramão dessa história. No Rio+40 a história certamente se repetirá, e talvez já seja tarde demais... 

As cores e a alegria do meu São João

Dentre as tradições herdadas de nossos colonizadores, os festejos juninos são, para mim a tradição mais interessante. Isso porque em Portugal, os santos Antônio, João e Pedro são festejados com muita alegria e grande animação. Posso dizer que as festas juninas são "o carnaval" dos portugueses, com bloco e tudo o mais.
No Brasil a imagem dessas festas esteve sempre ligada ao mundo rural (o capira, a festa na roça, o forró pé de serra...) e a transposição dos festejos para o espaço urbano sempre deixou a desejar. Perdia a sua originalidade, as suas principais inspirações, mas, ainda assim, continuam a povoar a nossa memória afetiva. Quem não se lembra do São João de sua infância? A quermesse do colégio, as festas de rua, as quadrilhas (puxadas por expressões francesas que nós não sabíamos o significado), as advinhações e tantas brincadeiras que ajudavam a dar o tom de alegria à todas essas festas.?
O São João mudou: as quadrilhas são agora "estilizadas", misto de forró e carnaval; as músicas perderam o lirismo de outrora ( Olha pro céu, meu amor, vê como ele está lindo...) e hoje fazem dançar e rir com apelos pornográficos; ficou apenas a mesa junina: a boa canjica (que não deve ter leite condensado), a pamonha, os bolos: de milho, batata e macaxeira, o bolo preto, o munguzá, as cocadas, a tapioca molhada com leite de côco. Hum!!!!!
Como acabei de me esbaldar numa mesa como a descrita acima, rompendo muitos dias de dieta, a saudade das velhas festas motivou a minha inspiração. E viva Santo Antônio, São Pedro e São João.!!!!!  

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Uma atitude digna

A decisão de Erundina de desistir da candidatura a vice prefeita na chapa de Haddad vislumbra a possibilidade de que nem tudo está perdido. Ao se negar a fazer parte do mesmo palanque de Maluf; ao perceber que este foi mais prestigiado pelo PT, recebendo a visita do próprio Lula em sua casa;  e não querendo fazer parte dessa farsa, Erundina disse NÃO. E assim fazendo manteve a sua coerência, demonstrou caráter e firmeza de propósitos, jogou o jogo da política com P maiúsculo, colocando o Partido dos Trabalhadores numa difícil situação. E agora Lula? Como continuar alavancando a candidatura do seu pupilo?

terça-feira, 19 de junho de 2012

Desculpe a ausência

Fiquei algum tempo fora do ar (exatamente dois meses). É que o blogger.com fez algumas mudanças, adotou uma cara nova e eu não conseguí processar bem as informações. Confesso que foi pura falta de paciência. Não sei por que, na informática tudo tem que mudar tanto. Quando a gente está quase uma especialista, muda tudo e a gente vira analfabeta. E, depois de uma certa idade, a gente não aceita bem sair da zona de conforto do que é sabido para encarar um novo aprendizado.
Mas, a vontade de escrever me fez, hoje, encarar o desafio. Acho que foi a indignação com a foto Lula/MAluf.
E não é que conseguí?
Gente, estou voltando... como na música de Chico. 

Cenas que não gostaria de ver

Gente,
Há coisas no campo da política que a gente nunca pensou que pudesse acontecer. Mesmo sabendo, como estudiosa do assunto, que a política é o campo das mil possibilidades. Um campo aberto, movido por cálculos e interesses. Seria muito bom que não fosse assim. Aliás, na minha vida, sonhei com uma política de um novo tipo. Baseada em princípios, valores, ideais e ética, muita ética. Por isso, logo em 1980, eu OPTEI. Vestí com orgulho essa camisa, vestí com ela as minhas filhas, passei para elas uma imagem idílica do meu novo ídolo político: Lula, o nosso Che.
Trinta anos depois...não posso deixar de sentir raiva, indignação ao ver essa imagem. O sonho acabou. Os princípios, os ideais, a ética foram deixados de lado em troca de 1 minuto e trinta segundos de TV. Sim é isso que vai ser adicionado à campanha televisiva de Haddad com a adesão de Paulo Maluf à campanha do PT.
Fica a tristeza e, acima de tudo, o desencanto com a política. Onde estão as minhas referências, aqueles que receberam o meu voto (de confiança) ? Por que eles se calam nesse momento????

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O mistério da Páscoa

A celebração da morte e ressurreição de Cristo é, sem dúvida nenhuma, a celebração de um mistério de amor. É a demosntração que Deus precisou dar aos homens, de sua força e de seu poder, ao fazer surgir, da morte, a vida... das trevas, a luz...
E isso tudo aconteceu durante o tempo da páscoa, período do ano em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.
Páscoa como símbolo de passagem, de libertação.
Na tradição cristã e na história do catolicismo a Páscoa também é passagem, é libertação, é sinal de vida nova.
Que a nossa Páscoa vá além dos chocolates, dos doces, do bacalhau na sexta-feira santa, para ser um momento de vivência da nossa fé. Cristo ressuscitou para que acreditássemos no poder libertador de Deus, para que também pudéssemos renovar as nossas vidas...
Que a nossa páscoa seja um novo recomeço. Seja o início de uma caminhada marcada pela fé, pela esperança e pela quebra de todas as correntes que nos aprisionam: a inveja, a intolerância, o desamor, o egoísmo e tudo que nos impede de ser melhor.
FELIZ PÁSCOA !!!!!!!  

quinta-feira, 22 de março de 2012

Um novo momento para a Associação das Ex-alunas Dorotéias

A preservação da memória de uma cidade, de um país, de uma instituição, é uma condição essencial para o conhecimento da história dos lugares. Isso, no entanto, não é uma coisa fácil em realidades cuja história vai sendo aos poucos tragada pelo avanço desordenado daquilo que alguns chamam de “progresso”. Em Natal, no começo do século XX, algumas escolas católicas foram fundadas, ocupando um lugar  de destaque na educação de muitas gerações. Essas escolas aos poucos foram cedendo o lugar de prestígio para outras instituições de ensino, portadoras de novas propostas educacionais e preocupadas, sobretudo, com o ingresso mais rápido na universidade. E as novas gerações acabaram desconhecendo a importância de determinadas escolas para a história da cidade.
Recuperar essa memória é tarefa imprescindível, nos dias de hoje. E esse tem sido o papel das chamadas Associações de Ex-alunos. Estas, têm o objetivo de ser espaço de convivência de antigas gerações (como é bom reviver o passado para aqueles que já ultrapassaram a casa dos 40) mas, também, recuperar a história da escola, a sua importância para a comunidade e para a vida e formação de todos que  por ela passaram.
A minha vida escolar foi toda vivida no Colégio da Imaculada Conceição. Ali aprendi a gostar de ler, aprendi (e nunca esqueci) a fazer análise sintática e morfológica como já não se aprende hoje em dia. Ali fui iniciada nos esportes e na música, ali fiz amizades verdadeiras. Conheci os princípios da filosofia e da psicologia assim como fui introduzida na fé cristã, sem imposições.
Por tudo isso, tenho muito que agradecer a todos os que fizeram a história do Imaculada. E hoje tento retribuir tudo o que o colégio legou à minha formação, ajudando a reconstruir a Associação das Ex-alunas Dorotéias e conclamando todas as gerações que passaram pelo velho CIC a se engajarem na luta pelo seu reconhecimento e pela retomada de suas atividades.
Faço parte da diretoria que resolveu tomar para si essa responsabilidade. Junto com Maria Lúcia Santos Ferreira, Ana Tereza Paiva Navarro, Laís de Barros Furtado, Maria Dulce Vilar e Violande Câmara, convidamos a todos que se identificam com a história do colégio para conhecer a nossa Associação por ocasião de nossa posse, que acontecerá no dia 28 do corrente mês, às 18:30hs na sede da entidade, localizada à rua Antônio Basílio, 3517, Lagoa Nova (ao lado da faculdade de Odontologia).
Contamos com a sua presença!.  

quarta-feira, 7 de março de 2012

O sentido dos trotes

Semana passada, nos arredores da universidade, e nos principais sinais de trânsito de Capim Macio, uma cena, própria do início do ano letivo, era motivo de indignação dos que passavam. Jovens sujos de tinta e de  outras coisas não identificadas, eram obrigados a pedir dinheiro aos passantes, para financiar, depois, a farra dos "veteranos", satisfeitos com a humilhação imposta aos novos alunos. A isso se dá o nome de "trote".
O "trote" surgiu, sabe-se lá quando e onde, para ter o sentido de um rito de passagem.
Os ritos de passagem eram cerimônias existentes nas sociedades primitivas para marcar o fim de uma etapa da vida e o começo de outra, ou a passagem de uma condição, um grau hierárquico, à outro. Era uma espécie de iniciação, mas não tinha nunca, o sentido da humilhação. Pelo contrário, o iniciado tinha que demonstrar coragem, maturidade, condições para passar de uma etapa à outra.
A idéia da passagem permaneceu, mesmo nas civilizações modernas mas, com sentidos diferentes. E os ritos foram se modernizando e proliferando, principalmente em situações de difícil acesso. A universidade do início do século XX era uma instituição de elite, um mundo para poucos, muito poucos e, porisso, diante das dificuldades de acesso,  a sociedade foi criando certos ritos ou ações (raspar a cabeça dos vencedores, é um exemplo) para marcar a passagem dos jovens para uma nova etapa em suas vidas. O próprio ato de raspar a cabeça já se constituia no "trote", como nós o conhecemos.
Acontece que, o famoso "trote" foi se sofisticando e com o passar do tempo acabou assumindo características de crueldade e violência. Conhecemos inúmeros casos envolvendo problemas graves e, até morte. A violência da sociedade se reproduz no interior das universidades e verdadeiros atos de selvageria são praticados, impingindo medo aos alunos calouros. Na passagem do século XX para o XXI algumas práticas alternativas foram sendo usadas na realização do rito de passagem, apareceu a idéia do "trote solidário" (ainda adotado em poucos cursos) e as instituições foram assumindo o trote como um problema. Mas, ele permanece, principalmente nos chamados "cursos de elite". como os cursos de Medicina e Engenharia. O "trote" ainda permanece como uma oportunidade ímpar de exercício da violência e da humilhação contra os mais fracos e inseguros.
Atenção, senhores dirigentes universitários! É importante incentivar a brincadeira saudável, a festa, os atos de solidaridade, mas é hora de agir com mais rigor contra os absurdos.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A minha caçula


"Dia 02, fevereiro, dia de festa no mar..."

Dia de festa também na nossa família. A minha caçula chegou no dia 02 de fevereiro, para alegria de todos, há vinte e oito anos atrás.
Ela tem a beleza e a serenidade do mar dos fins de tarde, a alegria de quem nasceu em dia de festa e um coração do tamanho do mundo. Em alguns momentos pode ser arisca como alguns bichos do mar, mas, no geral, tem a tranquilidade de aquários.
Fiha, parabéns pelo dia de hoje, parabéns pela pessoa especial que você se tornou, parabéns pelas sementes que você plantou e pelo carinho com que você rega essas sementes. Que Deus continue a iluminar o seu caminho, abençoar a sua família linda e aumentar a sua fé. E que as redes que você lança no mar da vida lhe proporcionem sempre uma boa pescaria.
Te amo muito!!!!!!   

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Redinha velha de guerra

O verão na Redinha é parte da minha história de vida desde os 07 anos de idade. Tempo em que se viajava prá lá de barco à vela (quem se lembra do barco de Janjão?) ou na lancha vermelha pilotada por Ferrinho. Tempo do banho de rio no trapiche, da espera pelo último barco nos fns de tarde, tempo de magia...
Redinha da Festa do Cajú, das partidas de volei em frente ao clube; do ping-pong, dos bingos e filmes no Redinha Clube; da festa de Nossa Senhora dos Navegantes e dos animados carnavais...
Redinha da tapioca com ginga, da cocada após o almoço, do cavaco chinês, e das caranguejadas na casa de Irinha.
Redinha de Dr. Dante, Dr. Antônio Soares, Bochechinha, Etiene, Dr. Túlio Fernandes, Seu Limarujo, Dona Carmem Fernandes, Dona Iracema, Dona Valdecí, João da Mata...Redinha de Mumbaca, de Dalila e Geraldo Preto, de Terezinha (cantora da igreja) e de Luis. Redinha de pescadores anônimos que começam o dia lançando as redes ao mar na espera de uma boa pescaria.
Redinha de Paulinho Limarujo, Sérgio Sapo e André, Neri, Cristina e Wilma (parceiras inseparáveis), Marcos Pedroza, Gut, Leonel e Gilson e tantos outros que marcaram a minha geração.
Redinha das muitas paisagens. Do lado do rio, a deslumbrante imagem de Natal à noite, que encantava os meus olhos de criança; a imagem dos navios entrando na boca da barra e passando pertinho em direção ao porto; a linda imagem do forte dos Reis Magos, e o mar azul da "Costa" que se estende pros lados de Genipabú...
Papai do Céu foi generoso com a Redinha, embora o poder público tenha se esquecido desse pedaço de chão.
Adoro esse lugar, o que parece estranho para muitos que desconhecem a sua história e o seu encanto.

domingo, 8 de janeiro de 2012

A luz do ano novo


2012 começou assim para mim. Com uma nova luz, com uma nova vida, com um novo amor. Com cheirinho de lavanda misturado com jasmim... Com aquela sensação de ternura infinita que acompanha os presentes muito especiais...
Gente, vou ganhar um(a) novo(a) neto(a)!
Vocês não têm noção do tamanho da minha alegria...